Petrobras: petroleiros tentam acordo sobre demissões em fábrica no PR
Os petroleiros e representantes da Petrobras participaram
nesta última quinta-feira (27) de uma audiência de conciliação com o ministro
do Tribunal Superior do Trabalho (TST) Ives Gandra para tratar das demissões na
Araucária Nitrogenados (Ansa), subsidiária da Petrobras na cidade de Araucária,
Região Metropolitana de Curitiba.
Na audiência, o ministro propôs aumento na indenização que a Petrobras deve
pagar aos funcionários pelas demissões. O valor poderá ser dobrado. A estatal
ofereceu aos empregados da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná
(Fafen-PR) entre R$ 50 mil e R$ 200 mil.
Categoria
De acordo com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), as propostas serão
avaliadas pelo conselho deliberativo e nas assembleias dos trabalhadores. Os
petroleiros têm até a próxima terça-feira (3) para responder se concordam com a
proposta do ministro.
Além do TST, as demissões também são contestadas na Justiça do Trabalho do
Paraná.
Histórico
Na sexta-feira (21), os petroleiros encerraram a greve de 20 dias após acordo
mediado pelo ministro do TST. No entanto, as reivindicações contra as demissões
no Paraná ficaram pendentes para serem discutidas nesta quinta-feira. Embora a
questão seja analisada pela Justiça do Trabalho no Paraná, o ministro se prontificou
a mediar uma solução para o caso.
A subsidiária deve ser fechada pela Petrobras. Segundo a FUP, a suspensão das
atividades vai provocar a demissão de mil trabalhadores.
A estatal alega que após ter adquirido a fábrica da Vale, em 2013, os
“resultados da subsidiária demonstram a falta de sustentabilidade do
negócio e que sua continuidade operacional não se mostra viável
economicamente”. O prejuízo anual será de R$ 400 milhões neste ano,
segundo a empresa.
Na terça-feira (18), a Justiça do Trabalho em Curitiba suspendeu as demissões
dos empregados até 6 de março, quando nova audiência de conciliação será
realizada.
A decisão foi tomada durante a primeira audiência do dissídio de greve dos
empregados. Diante do impasse, não houve acordo com a empresa e as demissões
foram suspensas temporariamente, inclusive as 144 efetivadas.