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PM utiliza simulador exclusivo para treinar no helicóptero

29/04/2013 21h27 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
PM utiliza simulador exclusivo para treinar no helicóptero

 

 

Referência nacional, a Polícia Militar do Estado de São Paulo está sempre buscando o aperfeiçoamento de suas técnicas. E, seguindo essa diretriz, a nova base de Radiopatrulha Aérea de Sorocaba pleiteou e ganhou um simulador de helicóptero – único no mundo com um modelo próprio de cabine – que realiza os movimentos de uma aeronave em operação real.

 

“É um avanço para a instrução dos tripulantes da polícia paulista. Há outro simulador parecido, com o mesmo sistema de elevação, na Alemanha. Porém, com esse modelo de cabine, apenas nós temos”, conta, com orgulho, o comandante da base, major Rinaldo Rodrigues Rachide.

O objetivo é permitir que os tripulantes de todo o estado padronizem suas técnicas, além de garantir que treinem em qualqu er clima, uma vez que o simulador fica dentro de um galpão, a salvo de chuvas e tempestades. “Mas isso não significa que o policial vá deixar de treinar com o helicóptero normal para se adaptar a esses casos”, ressalta.

Outro benefício é a economia. Segundo o major, cada voo de uma hora custa cerca de três mil reais. Com o simulador, o único gasto será com a energia elétrica do aparelho, que é menor do que a utilizada por um elevador comum.

 

Como funciona

O simulador funciona como uma plataforma que ergue uma cabine idêntica a do modelo AS 350, mais conhecido como helicóptero esquilo, utilizado pelos Águias da PM. A máquina pode chegar a até oito metros de altura.

“Para treinamento, o normal é subir até cinco metros, quando dá aquele frio na barriga em quem não está acostumado. Quem faz rapel ou outra técnica a cinco metros, faz a dez, vinte e até mais. Aqui subimos os oito metros em nos sos treinamentos”, disse Rachide.

Para se tornar mais realista, a cabine possui todos os cabos e detalhes de um helicóptero de verdade, além de balançar para os lados, como uma aeronave.

“O helicóptero pode pegar um vento forte, um galho de árvore ou se apoiar em um terreno inclinado, então é normal que tenha movimentos laterais durante uma operação. O tripulante precisa se acostumar com isso”, explica o capitão Marlon Dalla Mariga Araújo.

 

O modelo

O aparelho foi pensado e planejado pelo próprio Grupamento de Radiopatrulha Aérea (GPRAe) e construído por empresas privadas da região de Sorocaba. Uma delas é a mesma fabricante do modelo alemão. O custo total do projeto foi de um milhão de reais, vindos das próprias empresas.

Ao ver o simulador, a impressão é que um helicóptero Águia foi cortado ao meio. Porém, na realidade, ele foi feito de forma artesanal, seguindo os moldes d e uma aeronave real.

“O artista vinha todos os finais de semana para medir e ver o helicóptero. O profissionalismo foi tão grande que há detalhes que não seriam necessários em um treinamento, apenas para o voo. Mas ele fez e sempre com exatidão milimétrica”, comenta Rachide.

 

O treinamento

A base de Sorocaba realiza treinamentos de rapel, embarque e desembarque em baixa altura, Macguire (técnica onde dois tripulantes descem juntos em cabos para resgatar pessoas e objetos em locais de difícil acesso), maca de montanha (salvamentos utilizando macas), salvamento com cesto, pulsar (salvamentos na água), além de toda parte de fixação, postura, ancoragem para diversas outras técnicas.

Os policiais também participam de aulas teóricas e trocam experiências, discutindo casos e meios de realizar técnicas e utilizar ferramentas.

“Não é um treino iniciante. Nós aprimoramos e padronizamos as técnicas para que todos os policiais obtenham a excelência em salvamentos e resgates. Queremos que o tripulante da região de Ribeirão Preto faça um resgate da mesma forma que o de Santos”, explica o major Rachide.

Até o final do ano, está previsto que todos os policiais militares que trabalham como tripulantes no patrulhamento aéreo passem pelo simulador. Além dos PMs, o treino poderá ser feito, futuramente, por policiais civis e militares de outros Estados.

“Os tripulantes do Pelicano, da Polícia Civil, também poderão fazer o treinamento. Depois, podemos abrir para militares de outros lugares. Seis Estados já nos ligaram para saber como isso pode ser feito”, conta o comandante da base.

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