30 de Novembro de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > ACISC busca expandir atendimento do Comércio na fase vermelha

ACISC busca expandir atendimento do Comércio na fase vermelha

Presidente da associação de São Carlos fala sobre período que segmento vive com quatro enchentes e dois lockdowns

21/02/2021 06h56 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
ACISC busca expandir atendimento do Comércio na fase vermelha Fotos: Hever Costa Lima e Divulgação

O Comércio de São Carlos (SP) passa por um novo fechamento do atendimento presencial imposto pelo decreto que estabeleceu a fase vermelha – mais restritiva – do Plano São Paulo que controla o fluxo da população no Estado, além de determinar os serviços que podem funcionar dentro de cada fase.

O Primeira Página conversou com o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), José Fernando Domingues, o Zelão sobre o momento que o segmento vive. O Comércio passou por quatro enchentes em 2020 e 2021 e vivencia o segundo fechamento do atendimento presencial aos clientes.

A ACISC se posiciona contra as manifestações que parte dos comerciantes esboçaram a realizar há 15 dias em protesto à nova etapa da fase vermelha do Plano São Paulo. “Nós da associação somos contra essas manifestações, pois elas não geram resultados positivos”.

Zelão fala sobre os investimentos que a associação fez para encontrar ferramentas para trazer alternativas aos comerciantes e clientes, da ocupação do Centro da cidade por novos comerciantes e os investimentos em segurança para conter as enchentes.

PRIMEIRA PÁGINA – A Associação se manifestou em relação ao movimento para reabertura do comércio que surgiu há duas semanas, propondo carreata e fechamento da rodovia?

ZELÃO – Nós da associação somos contra essas manifestações, pois elas não geram resultados positivos, uma vez que nós já estamos com uma determinação judicial daquilo que é possível ou não fazer no momento. E a partir do momento que a gente viu que essas manifestações iriam se formar, intervimos junto ao poder público e entramos com um requerimento para que a gente consiga flexibilizar as medidas, ou seja, expandir um pouco mais o atendimento ao consumidor, por meio dos sistemas de delivery, drive-thru e ainda possa movimentar alguma coisa. Isso está em análise no Comitê da Prefeitura que em breve nos dará um retorno se seria possível fazer ou não essa ampliação.

PP – Os associados têm solicitado à diretoria da ACISC um posicionamento contrário às determinações do Plano São Paulo?

ZELÃO – Sem dúvidas, isso a gente diariamente tem escutado porque todos têm os seus compromissos, suas responsabilidades, têm os seus empregos a manter, pois o que eles querem é evitar a demissão e sem faturamento realmente fica tudo muito difícil. Mas todas aquelas ações que a gente vem fazendo que são os sistemas de delivery, e-commerce e as lives vêm impulsionando uma ajuda muito grande para que eles não encerrem as suas atividades. Já o Plano São Paulo, nós somos obrigados a cumpri-lo por uma determinação judicial, portanto temos que ter paciência nesse momento e procurar alternativas para que a gente consiga seguir as determinações, mas ao mesmo tempo fazer a economia girar.

PP – A ACISC se articula para encontrar ferramentas para estimular o comércio online como alternativa com o fechamento do atendimento presencial?

ZELÃO – A ACISC está sempre pensando em inovações para atender da forma mais eficiente tanto o empresário quanto o consumidor. Por isso, desenvolveu o Aplicativo ACISC, que conta com um guia comercial com mais de 2 mil lojas divididas em 15 categorias e dá acesso a central de notícias, campanhas e eventos da ACISC. Para o consumidor, o software oferece consulta gratuita do CPF, banco de vagas de emprego disponíveis e horário de funcionamento do comércio.

Também foi desenvolvido o sistema ACISC Delivery que tem objetivo de ajudar a fortalecer o comércio de São Carlos, impactado pela crise do novo Coronavírus [Covid-19]. No aplicativo os associados podem divulgar os seus serviços em sistema “delivery”.

A ACISC também apoia por meio de divulgação e orientações as lives que são realizadas pelos comerciantes e o sistema de drive-thru.

PP – A associação tem alguma estratégia para dar suporte na volta das atividades com a mudança de fase?

ZELÃO – O suporte que temos que dar é sempre orientar o consumidor para que ele mantenha o distanciamento social, para que ele cumpra as regras de higiene, que são o uso de álcool e o uso de máscara para que a gente possa o mais rápido possível voltar à normalidade, além das mídias no sentido de orientar.

PP – A ACISC tem um balanço de quantos comerciantes associados fecharam suas lojas e negócios na cidade? Tendo em vista as enchentes de 2020 e 2021 e os longos períodos de distanciamento social imposto pela pandemia?

ZELÃO – O número de fechamentos é pequeno, principalmente na região central. A gente vê que muitos comerciantes mudaram de endereço, até mesmo em função das enchentes e outros em função do valor do aluguel. Os que realmente encerraram as atividades são poucos e vale ressaltar que esses lugares já estão sendo ocupados por outros segmentos que são pessoas que acreditam no centro comercial da cidade, que é muito representativo. E para diminuir as dificuldades na região central, muitas coisas estão sendo feitas, muitas empresas instalaram barragens para suportar uma possível nova enchente, bem como a gente vê por parte da prefeitura que muitos desses acessos de galerias estão passando por uma manutenção, como o reservatório da bacia de contenção do CDHU, que também vai contribuir e muito para que as enchentes não ocorram. Então todas essas ações vêm para dar essa assistência ao comerciante.

PP – A ACISC oferece assessoria jurídica e financeira para os associados que estão em dificuldades com os acontecimentos de 2020?

ZELÃO – Sim, todos os nossos associados têm assessoria jurídica que é gratuita, na qual ele pode trazer aqui o seu problema, onde ele será orientado da melhor forma e quanto à ajuda da assessoria financeira, a ACISC, em parceria com a SICOOB, que é o SICOOB Cred Acisc, oferta aos associados taxas muito reduzidas e prazos mais estendidos para que eles possam de uma maneira ou de outra se restabelecer e poder dar continuidade aos seus negócios.

PP – Há algum precedente na história da ACISC uma crise como a que está instalada no segmento?

ZELÃO – Fora as enchentes a gente nunca passou por isso, é uma pandemia que tem atingido a todos e precisa no momento de nos ajudar. Se todos se conscientizarem da responsabilidade de como conduzir essa pandemia acho que num tempo curto e com a chegada da vacina, a gente vai sair dessa com certeza e mais fortalecidos.

PP – Qual a sua mensagem ao comércio de São Carlos?

Zelão – Essa é uma mensagem que cabe a todos, somos uma categoria guerreira e que não deve desanimar. A pandemia não é só para nós, ela atingiu o mundo, mas com calma, paciência, inteligência e respeito, acredito que você consumir e lojista, vão tirar proveito de tudo isso que esta acontecendo e a ACISC, está de portas abertas para apoiar e ajudar no que for preciso. Tragam as suas ideias para discutirmos juntos, pois o nosso objetivo é fazer um comércio pujante, forte, para que possamos continuar gerando empregos e riquezas para a nossa cidade.

Gullo: “Sincomercio busca equilíbrio entre saúde e economia”

“Sempre buscamos um equilíbrio entre a saúde e a manutenção da economia de nossas empresas e entendemos que é alarmante o momento que estamos vivendo em decorrência da pandemia de Covid-19, por estarmos perto de um colapso no sistema de saúde”, disse o presidente do Sindicato Comércio Varejista São Carlos e Região (Sincomercio), Paulo Roberto Gullo.

Ele argumenta que o comércio já ficou mais de 90 dias de portas fechadas em 2020. “Nos adaptamos às restrições e às medidas sanitárias impostas, investimos em EPIs e estrutura, preparamos equipes e aprendemos a atender o cliente com segurança e muita eficiência”.

Na avaliação do presidente do Sincomercio, o comércio não é o responsável pelo aumento da disseminação do vírus em São Carlos. “Contudo, mesmo assim, desde o dia 8 de fevereiro, estamos novamente com as portas fechadas. O empresário do comércio está e continuará fazendo a sua parte, mas precisamos que cada um também contribua, tendo consciência, se protegendo e protegendo o outro, usando máscara e não fazendo festas clandestinas e aglomerando”.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigas
Mais novos Mais Votados
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
plugins premium WordPress
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x