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ACISC busca expandir atendimento do Comércio na fase vermelha

Presidente da associação de São Carlos fala sobre período que segmento vive com quatro enchentes e dois lockdowns

21/02/2021 06h56 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
ACISC busca expandir atendimento do Comércio na fase vermelha Fotos: Hever Costa Lima e Divulgação

O Comércio de São Carlos (SP) passa por um novo fechamento do atendimento presencial imposto pelo decreto que estabeleceu a fase vermelha – mais restritiva – do Plano São Paulo que controla o fluxo da população no Estado, além de determinar os serviços que podem funcionar dentro de cada fase.

O Primeira Página conversou com o presidente da Associação Comercial e Industrial de São Carlos (ACISC), José Fernando Domingues, o Zelão sobre o momento que o segmento vive. O Comércio passou por quatro enchentes em 2020 e 2021 e vivencia o segundo fechamento do atendimento presencial aos clientes.

A ACISC se posiciona contra as manifestações que parte dos comerciantes esboçaram a realizar há 15 dias em protesto à nova etapa da fase vermelha do Plano São Paulo. “Nós da associação somos contra essas manifestações, pois elas não geram resultados positivos”.

Zelão fala sobre os investimentos que a associação fez para encontrar ferramentas para trazer alternativas aos comerciantes e clientes, da ocupação do Centro da cidade por novos comerciantes e os investimentos em segurança para conter as enchentes.

PRIMEIRA PÁGINA – A Associação se manifestou em relação ao movimento para reabertura do comércio que surgiu há duas semanas, propondo carreata e fechamento da rodovia?

ZELÃO – Nós da associação somos contra essas manifestações, pois elas não geram resultados positivos, uma vez que nós já estamos com uma determinação judicial daquilo que é possível ou não fazer no momento. E a partir do momento que a gente viu que essas manifestações iriam se formar, intervimos junto ao poder público e entramos com um requerimento para que a gente consiga flexibilizar as medidas, ou seja, expandir um pouco mais o atendimento ao consumidor, por meio dos sistemas de delivery, drive-thru e ainda possa movimentar alguma coisa. Isso está em análise no Comitê da Prefeitura que em breve nos dará um retorno se seria possível fazer ou não essa ampliação.

PP – Os associados têm solicitado à diretoria da ACISC um posicionamento contrário às determinações do Plano São Paulo?

ZELÃO – Sem dúvidas, isso a gente diariamente tem escutado porque todos têm os seus compromissos, suas responsabilidades, têm os seus empregos a manter, pois o que eles querem é evitar a demissão e sem faturamento realmente fica tudo muito difícil. Mas todas aquelas ações que a gente vem fazendo que são os sistemas de delivery, e-commerce e as lives vêm impulsionando uma ajuda muito grande para que eles não encerrem as suas atividades. Já o Plano São Paulo, nós somos obrigados a cumpri-lo por uma determinação judicial, portanto temos que ter paciência nesse momento e procurar alternativas para que a gente consiga seguir as determinações, mas ao mesmo tempo fazer a economia girar.

PP – A ACISC se articula para encontrar ferramentas para estimular o comércio online como alternativa com o fechamento do atendimento presencial?

ZELÃO – A ACISC está sempre pensando em inovações para atender da forma mais eficiente tanto o empresário quanto o consumidor. Por isso, desenvolveu o Aplicativo ACISC, que conta com um guia comercial com mais de 2 mil lojas divididas em 15 categorias e dá acesso a central de notícias, campanhas e eventos da ACISC. Para o consumidor, o software oferece consulta gratuita do CPF, banco de vagas de emprego disponíveis e horário de funcionamento do comércio.

Também foi desenvolvido o sistema ACISC Delivery que tem objetivo de ajudar a fortalecer o comércio de São Carlos, impactado pela crise do novo Coronavírus [Covid-19]. No aplicativo os associados podem divulgar os seus serviços em sistema “delivery”.

A ACISC também apoia por meio de divulgação e orientações as lives que são realizadas pelos comerciantes e o sistema de drive-thru.

PP – A associação tem alguma estratégia para dar suporte na volta das atividades com a mudança de fase?

ZELÃO – O suporte que temos que dar é sempre orientar o consumidor para que ele mantenha o distanciamento social, para que ele cumpra as regras de higiene, que são o uso de álcool e o uso de máscara para que a gente possa o mais rápido possível voltar à normalidade, além das mídias no sentido de orientar.

PP – A ACISC tem um balanço de quantos comerciantes associados fecharam suas lojas e negócios na cidade? Tendo em vista as enchentes de 2020 e 2021 e os longos períodos de distanciamento social imposto pela pandemia?

ZELÃO – O número de fechamentos é pequeno, principalmente na região central. A gente vê que muitos comerciantes mudaram de endereço, até mesmo em função das enchentes e outros em função do valor do aluguel. Os que realmente encerraram as atividades são poucos e vale ressaltar que esses lugares já estão sendo ocupados por outros segmentos que são pessoas que acreditam no centro comercial da cidade, que é muito representativo. E para diminuir as dificuldades na região central, muitas coisas estão sendo feitas, muitas empresas instalaram barragens para suportar uma possível nova enchente, bem como a gente vê por parte da prefeitura que muitos desses acessos de galerias estão passando por uma manutenção, como o reservatório da bacia de contenção do CDHU, que também vai contribuir e muito para que as enchentes não ocorram. Então todas essas ações vêm para dar essa assistência ao comerciante.

PP – A ACISC oferece assessoria jurídica e financeira para os associados que estão em dificuldades com os acontecimentos de 2020?

ZELÃO – Sim, todos os nossos associados têm assessoria jurídica que é gratuita, na qual ele pode trazer aqui o seu problema, onde ele será orientado da melhor forma e quanto à ajuda da assessoria financeira, a ACISC, em parceria com a SICOOB, que é o SICOOB Cred Acisc, oferta aos associados taxas muito reduzidas e prazos mais estendidos para que eles possam de uma maneira ou de outra se restabelecer e poder dar continuidade aos seus negócios.

PP – Há algum precedente na história da ACISC uma crise como a que está instalada no segmento?

ZELÃO – Fora as enchentes a gente nunca passou por isso, é uma pandemia que tem atingido a todos e precisa no momento de nos ajudar. Se todos se conscientizarem da responsabilidade de como conduzir essa pandemia acho que num tempo curto e com a chegada da vacina, a gente vai sair dessa com certeza e mais fortalecidos.

PP – Qual a sua mensagem ao comércio de São Carlos?

Zelão – Essa é uma mensagem que cabe a todos, somos uma categoria guerreira e que não deve desanimar. A pandemia não é só para nós, ela atingiu o mundo, mas com calma, paciência, inteligência e respeito, acredito que você consumir e lojista, vão tirar proveito de tudo isso que esta acontecendo e a ACISC, está de portas abertas para apoiar e ajudar no que for preciso. Tragam as suas ideias para discutirmos juntos, pois o nosso objetivo é fazer um comércio pujante, forte, para que possamos continuar gerando empregos e riquezas para a nossa cidade.

Gullo: “Sincomercio busca equilíbrio entre saúde e economia”

“Sempre buscamos um equilíbrio entre a saúde e a manutenção da economia de nossas empresas e entendemos que é alarmante o momento que estamos vivendo em decorrência da pandemia de Covid-19, por estarmos perto de um colapso no sistema de saúde”, disse o presidente do Sindicato Comércio Varejista São Carlos e Região (Sincomercio), Paulo Roberto Gullo.

Ele argumenta que o comércio já ficou mais de 90 dias de portas fechadas em 2020. “Nos adaptamos às restrições e às medidas sanitárias impostas, investimos em EPIs e estrutura, preparamos equipes e aprendemos a atender o cliente com segurança e muita eficiência”.

Na avaliação do presidente do Sincomercio, o comércio não é o responsável pelo aumento da disseminação do vírus em São Carlos. “Contudo, mesmo assim, desde o dia 8 de fevereiro, estamos novamente com as portas fechadas. O empresário do comércio está e continuará fazendo a sua parte, mas precisamos que cada um também contribua, tendo consciência, se protegendo e protegendo o outro, usando máscara e não fazendo festas clandestinas e aglomerando”.

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