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Depressão Pós-Parto (DPP)

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05/05/2024 05h42 - Atualizado há 2 semanas Publicado por: Redação
Depressão Pós-Parto (DPP)

Nessa semana será falado sobre a depressão pós-parto (DPP). Um transtorno comum, e, no entanto, um diagnóstico que muitas vezes choca. A DPP é caracterizada por sentimentos de profunda tristeza, desespero, falta de esperança e de falta de forças para lidar com a rotina, que se dão costumeiramente surgem até quatro semanas após o parto.

Alguns outros sintomas da DPP são: ideações suicidas, vontade de prejudicar o bebê em algum nível, mudanças repentinas de peso, ou na rotina de sono e alimentação, cansaço extremo e dificuldade de concentração e ansiedade.

Ressalta-se que a depressão, em si, é um transtorno que pode se manifestar em qualquer fase da vida, inclusive aquelas consideradas como mais felizes. Isso também significa que a DPP não ocorre apenas em casos de gravidez indesejada.

Durante a gestação o corpo feminino sofre diversas mudanças físicas e hormonais. Essas são necessárias para que essa ocorra de forma saudável. Mas, mesmo durante o período de gravidez, é comum que se apresentem sentimentos intensos de ansiedade e angústia devido a necessidade da família de se adaptar as novas situações.

Já, após o parto, se inicia o puerpério. Esse é o período em que o corpo passa por diversas transformações para voltar ao que era antes da gestação. E dura cerca 45 a 60 dias. Dentre as mudanças psíquicas e fisiológicas desse momento, ressaltam-se o: nervosismo, choro fácil e a tristeza.

Ao se considerar as alterações do período da gravidez-puerpério, é comum que as mães apresentem: medos, dúvidas e angústias. Estas relacionadas ao desejo de estarem grávidas, a sua capacidade de serem mães e a de prover cuidado ao bebê. Isso tudo resulta em condições que podem suceder uma DPP.

Também é normal que durante a gestação se passe por diversas mudanças psíquicas. Dentre elas está a da idealização do bebê perfeito. E após o parto, é preciso que se realize o confronto entre o bebê real e aquele que foi idealizado durante toda a gravidez. O que pode gerar uma frustração nessa mãe ou família, por este ser diferente do imaginado.

Há casos em que as mães podem gostar do bebê imaginário, mas não do real que foi produzido por elas. E por isso, as atividades de cuidado e de afeto com esse bebê real passam a se tornar desagradáveis, cansativas, repulsivas ou nojentas.

Por isso, tanto para o diagnóstico quanto para o acompanhamento, é importante o acompanhamento de um profissional da saúde mental. Como um psicólogo ou psiquiatra, pois, nesses casos, é possível, com a terapia, ajudar a lidar com as angústias, ansiedades e frustrações, tratar a DPP, além de preparar e orientar os futuros pais no processo de se tornarem cuidadores.

 

Matheus Wada Santos (CRP 06/168009)

Redes: @psi_matheuswada

Telefone: (16)99629-6663

Email: [email protected]

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