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TEA (Transtorno do Espectro Autista) e seus diagnósticos ao longo da vida

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21/04/2024 05h51 - Atualizado há 3 semanas Publicado por: Redação
TEA (Transtorno do Espectro Autista) e seus diagnósticos ao longo da vida

Na terceira semana do “Abril Azul” será falado sobre como o TEA influencia o indivíduo nas suas diferentes fases da vida. E também como o diagnóstico é diferente nesses diversos momentos.

Estima-se que alguns sinais do TEA apareçam antes dos três anos. Em alguns casos já podem aparecer a partir de um ano e meio de idade ou até mesmo antes em casos mais graves.

Crianças com TEA tem dificuldades em 3 questões principais: dificuldade de comunicação, com atraso na fala e dificuldade no entendimento de sacarmos e metáforas. Dificuldade de interações sociais, com pouco contato visual, dificuldade de fazer amigos e de interpretar sinais sociais. E comportamentos repetitivos ou interesses limitados, com adesão rigorosas a rotinas, movimentos repetitivos e fixação em objetos.

Já quando se fala da adolescência, a literatura nos mostra que os pais desses indivíduos atípicos encontram dificuldades em compreender essa nova fase junto ao transtorno. Os jovens com TEA apresentam as mudanças comuns à adolescência, porém, também demonstram inabilidades e ausência de vários repertórios de comportamentais.

Nesse sentido, no senso comum, alguns cuidadores acabam por não compreender que o indivíduo com TEA está adolescendo e acabam o infantilizando, o que ressalta a importância do diagnóstico e do acompanhamento nessa fase tão importante de formação identitária.

Ao se falar sobre o TEA na fase adulta, outros desafios se apresentam com o diagnóstico. É comum que as pessoas já tenham vivido suas vidas até essa fase sem saber da condição e por isso tenham aprendido a “mascarar” os sintomas para se enquadrar em expectativas sociais.

Nesses casos, alguns sinais podem ser percebidos, apesar de não necessariamente indicarem o TEA: dificuldade de interpretar sinais emocionais, dificuldade de interpretar ironias ou figuras de linguagem, dificuldade de expressar os sentimentos, baixa tolerância a estímulos como sons altos e luzes piscantes e alto desempenho em tarefas de foco repetitivo.

Já na velhice o TEA se manifesta através de: recusa de novos relacionamentos, rotinas inflexíveis, dificuldades de comunicação e presença de padrões repetitivos e de interesses. O que muitas vezes pode ser confundido com comportamentos da idade. Assim, é comum que o TEA seja ignorado nessa fase da vida. E como resultado é comum que o idoso perca qualidade de vida.

Por isso, os diagnósticos e as intervenções voltadas para pessoas com TEA devem ser feitas o quanto antes. E por profissionais qualificados, como psicólogos, neuropsicólogos e psiquiatras. Garantindo assim o apoio e conscientização dos cuidadores e melhor condição de vida para as pessoas com TEA.

 

Matheus Wada Santos

CRP 06/168009

@psi_matheuswada

[email protected]

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