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Apeoesp não descarta greve de professores em São Carlos

02/02/2013 12h35 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Apeoesp não descarta greve de professores em São Carlos

A lei do piso nacional do magistério para os professores, cuja aplicação deveria se estender a todo o país, será discutida em audiência pública – visando aos docentes municipais – na Câmara, no próximo dia 15.

 

Segundo representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o prefeito Paulo Altomani, quando em campanha, se comprometeu a aplicar a lei: “Nem o PT o fez, e nem o Altomani, ao que tudo indica, vai implementar, pois a audiência pública sobre isso está marcada para o dia 15 e as aulas municipais começam no dia 18. Então, na prática, a promessa do Altomani de que ele implementaria imediatamente a jornada não vai ser cumprida e ela foi assinada com a Apeoesp, inclusive, e divulgada na campanha. Pois acho improvável que ele mande um projeto dia 16, no dia 18 suspenda as aulas, faz uma nova atribuição, vê quais os professores que vão ficar, quais vão ser contratados”, explica Ronaldo Mota, representante da Apeoesp na cidade.

Segundo Mota, “no município existe uma tendência dos professores, uma pressão para que a gente decida a nem iniciar o ano letivo”. “Mas não tem nada decidido, é uma possibilidade. Estamos tentando marcar uma reunião para semana que vem com os professores”, diz Mota, que acha difícil implementá-la: “Pois como as aulas só começam no dia 18, é muito difícil organizá-los, pois parte deles está fora. Segunda-feira possivelmente uma parte deles está voltando. Estamos inclusive consultando os representantes no município para ver se é possível organizar, fazer uma reunião, até para sentir, pois tem que ser um movimento forte, evidentemente”, explica.

“A greve não está descartada, visto que é um compromisso do prefeito que não foi cumprido”, diz César Nami, membro da comissão dos professores municipais da Apeoesp: “Devemos marcar reuniões, estabelecer um calendário de luta”, diz, afirmando que os professores estão muito insatisfeitos.

Nami afirma que a não aprovação da lei do piso é a segunda promessa não cumprida da prefeitura: “A outra é a posse dos professores que já prestaram e passaram no concurso”, diz.

 

SINDSPAM – Já o Sindicato dos Servidores Públicos e Autárquicos Municipais (Sindspam) de São Carlos desconhece a possibilidade de greve:  “Reconhecemos a Apeoesp como uma entidade representativa dos servidores do Estado, uma associação aguerrida, mas nós do sindicato não temos conhecimento de possibilidade de greve dos professores municipais”, diz Adail Alves de Toledo, presidente da entidade, que reconhece o descontentamento da categoria: “Reclamações nós temos. Tanto que na reunião do dissídio coletivo, dia 1º de março, um dos temas é a questão da lei do piso”, conclui.  

 

A Lei do Piso

“A lei diz que um terço da jornada do professor é fora da sala de aula”, explica Ronaldo Mota: “Por exemplo, se você ganha por 30 horas-aula, essas 30 não são todas em sala de aula. Já não é assim hoje, que são 25 em sala e 5h de livre-escolha, para preparar aula, por exemplo. Então se o governo implementar a lei, significa que o professor só poderia estar na sala em 20h das 30h pelas quais ele ganha. O que significa que a prefeitura e o Estado têm que contratar mais professores para preencher essas horas”, afirma. 

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