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Trabalhadores metalúrgicos têm orgulho do ofício

23/04/2012 08h29 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Trabalhadores metalúrgicos têm orgulho do ofício

Uma data que poucos conhecem, mas 21 de abril é o dia do metalúrgico, uma profissão que surge com o domínio dos metais e a sua transformação. No Brasil, a indústria ganha força a partir de 1930 com a queda da economia cafeeira e a urbanização. Com o advento da produção em série e em larga escala, muitos trabalhadores deixaram o campo, em busca de emprego na cidade. Surgiu o operário industrial, o operador de máquinas, o encarregado de produção nos mais variados tipos de indústria. Assim, surgiu o metalúrgico.

Luiz Vieira, 67 anos de idade, passou a maior parte de sua vida dentro da fábrica metalúrgica em São Carlos. Ali aprendeu tudo. Em 1960, com apenas 16 anos, começou a trabalhar na Clímax, mas o grande ápice da carreira foi na Companhia Brasileira de Tratores, a CBT, que parou suas atividades nos anos 90.

“Na Clímax eu entrei como office-boy e depois me passaram para auxiliar de almoxarifado. Também trabalhei na produção”, conta o metalúrgico que se aposentou em 1993.

Vieira foi convidado a organizar o almoxarifado da indústria Cardinali, que na época funcionava na avenida São Carlos. “Eu estava na Clímax e aí me convidaram para ir para a Cardinali, o salário era um pouco melhor e eu fui para organizar o almoxarifado, mas um dia o Adilson Coimbra, que era chefe na CBT, me parou e perguntou se eu estava bem na empresa, disse que sim, mas que gostaria de ganhar mais, então ele disse: ‘você está empregado agora mesmo na CBT. E fui para lá. Na CBT fiz minha carreira metalúrgica. Na fábrica eu aprendi tudo o que sei e conquistei, o que tenho hoje”, contou com olhos cheios de lágrimas, segundo Vieira, de saudade dos amigos e do ambiente de trabalho.

“Tudo o que eu conquistei na vida foi sendo metalúrgico. Ser metalúrgico é uma honra. Na fábrica eu aprendi a ser motorista, tratorista, trabalhar na produção e por fim, cheguei a ser gerente. Não sei se foi por Deus, mas a fábrica me deu tudo de bom”, conta. Vieira afirma que voltaria com muito gosto a trabalhar como metalúrgico.

Mas uma das grandes tristezas de Luiz Vieira foi ver a Companhia Brasileira de Tratores fechar as portas em meados dos anos 90, uma vez que lá passou grande parte da sua vida. “Eu me aposentei lá, tenho um amor muito grande por tudo que vivi na CBT, fazia de tudo. Conheço aquele prédio, onde hoje é a TAM como a palma da minha mão. Amo cada pedacinho daquele lugar, pois ali deixei meu suor, ganhei meu salário, com o meu trabalho. Naqueles prédios eu eduquei meu filho, formei minha família e construí meus sonhos. Quantas amizades eu fiz e que até hoje estão vivas. Alguns amigos já se foram, mas tantos outros estão aí. Eu agradeço a Deus a oportunidade de ter sido um metalúrgico que conseguiu crescer na profissão”, contou.

 

OS NOVOS METALÚRGICOS – Ari de Lima, preparador na Electrolux, para ele, ser metalúrgico é uma grande satisfação. Trabalhando na empresa está conseguindo conquistar sonhos e realizar os desejos. “É uma satisfação muito grande trabalhar na Electrolux, aqui estou crescendo e realizando sonhos. Todos devem ter sonhos. É sofrido, sim, ser metalúrgico, mas é gratificante ver o seu trabalho render frutos”, disse.

Edson Souza, também trabalha como metalúrgico na Electrolux e para ele o grande orgulho é começar na profissão, é aprender a cada dia. “Tudo o que estou conquistando, é como trabalhador metalúrgico, sou feliz por isso”.

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