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Após morte de universitário, alunos organizam passeata

26/02/2014 07h24 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Após morte de universitário, alunos organizam passeata

Os alunos do curso de Educação Física da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão organizando, via redes sociais, um ato de repúdio à barbárie, marcado para esta quarta-feira, 26, a partir das 14h. Eles exigem que as autoridades tenham um maior empenho na resolução do assassinato do estudante Sérgio Gonçalves Lima, que foi encontrado morto na madrugada do último domingo, na região do Jardim Embaré.

 

O ato sairá da UFSCar  – concentração próximo ao palquinho da universidade – e seguirá a praça em frente a Delegacia Seccional.

A insegurança manifestada pelos estudantes pode ser comprovada pelos índices de criminalidade divulgada pela Secretaria de Segurança Pública. Em janeiro de 2014 São Carlos registrou quatro homicídios, dois a mais do que o mesmo período do ano passado. O número de furto de veículos também aumentou: foram registrados no primeiro mês deste ano 58 casos. Dos 20 itens analisados, apenas furto teve uma pequena queda se comparado com janeiro de 2013.

Para o especialista em segurança pública da UFSCar, Fernando Araújo, a sensação de insegurança é comprovada pelos números, porém ele acredita ainda que a violência seja maior do que a relatada pela polícia, uma vez que muitas pessoas não registram o boletim de ocorrência.

Araújo vê com preocupação a violência banal, como no caso do estudante da UFSCar. “A vida está sendo deixada de lado, perdendo o sentido, sendo banalizada. É isso que gera a sensação de insegurança”, afirma. O pesquisador também acredita que uma mudança na legislação criminal é fundamental. “Sou um defensor do trabalho da polícia, mas o que adianta se há medidas judiciais para conseguir a liberdade do criminoso?”.

Segundo o pesquisador, hoje na sociedade os valores estão invertidos e as pessoas de bem estão presas sem suas casas. “O bandido é o cara bonzão e as pessoas de bem estão escondidos e com menos garantias da lei. Eu sinto que a lei não funciona”, afirma Araújo. O pesquisador disse ainda que o bandido sabe da impunidade e que terá pequena chance de ser condenado. “Matar sai de graça e por isso observamos esta onde de violência”, concluiu.

 

MANIFESTAÇÃO

Nas redes sociais amigos do estudante Sérgio Gonçalves Lima classificam o crime como barbárie. No texto apresentado em uma página de rede social os estudantes afirmam que a organização é de todos que se sentem ameaçados pela violência, e que o ato é a “maneira de enfrentar a dor e transformá-la em força para lutar. Organizamos, principalmente, para que a memória de nosso companheiro de universidade não se eternize em uma tragédia e sim na celebração da paz, na busca por justiça e na manifestação de carinho de todos que conviveram com ele”.

Os estudantes pedem que os participantes compareçam vestindo camiseta branca ou preta para simbolizar a paz, o luto e também a união, e um basta contra o racismo.

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