Após negligência, mãe pede ajuda para cirurgia de filha
A história de uma mãe aflita na luta para proporcionar uma vida melhor à filha está mobilizando a cidade de São Carlos. A projetista Gislaine Clara Boni não tem o apoio do seu convênio médico para cobrir as despesas da única cirurgia que pode dar a sua filha Caliane Boni Roque da Silva uma vida normal e com mais qualidade.
O convênio médico, por sua vez, nega-se a cobrir a cirurgia, pois o hospital, onde a criança deverá realizar o procedimento, Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo não é conveniado do plano.
Mesmo sem o apoio do convênio médico, Gislaine procurou o melhor especialista no caso, já que a cirurgia é de alto risco. O cogitado foi o médico João Gilberto Maksoud. Ciente de toda história enfrentada pela mãe, ele assinou a carta de internação para o dia 12 de setembro e a cirurgia para o dia 15 do mesmo mês.
Agora a luta de Gislaine será para arrecadar R$ 50 mil, para pelo menos pagar as despesas do corpo médico que inclui um cirurgião, dois auxiliares, duas instrumentadoras e três anestesistas, além de outros auxílios.
O total de todo procedimento cirúrgico, incluindo as despesas do hospital, segundo Boni, pode chegar a R$ 120 mil. Um valor incalculável para o orçamento da família.
A pequena Caliane, hoje com 10 anos, trava uma luta de sobrevivência desde o primeiro dia de vida, quando veio ao mundo no dia 23 de outubro de 2001.
Diagnosticada com uma hérnia de hiato, foi submetida no segundo dia de vida a uma cirurgia na Santa Casa de Misericórdia, da qual teve complicações e deixou o estado clínico da criança mais sério do que estava.
De acordo com a mãe, um erro médico ocorreu na sala de cirurgia e por negligência no pós-cirúrgico. Sua filha não conseguia se alimentar pela via oral; a alimentação era feita de forma intravenosa.
Sem os devidos cuidados no hospital e abandonada dos cuidados médicos, Caliane foi transferida, após muita confusão, para a cidade de Ribeirão Preto, onde foi realizada uma cirurgia para correção da incisão do primeiro procedimento feito em São Carlos.
Após um mês, a menina teve alta e retornou para casa. Mas infelizmente, após 28 dias em casa, ela retornou para o hospital em estado grave. E uma nova cirurgia foi realizada em Caliane, a terceira em curto período.
Durante toda infância da criança, muitas outras complicações de saúde aconteceram e outras cirurgias foram necessárias para corrigir os problemas que iam surgindo. No total, foram seis cirurgias. Atualmente, Caliane não pode se alimentar pela boca e recebe toda alimentação através de duas bombas infusoras.
Agora, Gislaine quer realizar a última e única cirurgia que pode dar a sua filha uma vida melhor. Uma campanha está sendo realizada para mobilizar a população de São Carlos e região para aderir à causa e ajudar com qualquer valor na cirurgia de Caliane
