Caliane passa por cirurgia de emergência

03/10/2012 12h55 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação

Internada no Hospital Sírio Libanês desde o dia 15 de setembro, Caliane Boni Roque da Silva passou por mais uma cirurgia de emergência no último sábado, 29, para combater um sangramento que ocorreu por causa do surgimento de uma úlcera no estômago. Por causa do grande sangramento e a piora no estado clínico, o médico responsável pelo tratamento, João Gilberto Maksoud, decidiu operá-la novamente para verificar o que ocorria no organismo.

A desconfiança dos médicos é de que a úlcera se desenvolveu por casa do alto estresse e nervoso que Caliane vem sofrendo na recuperação da primeira cirurgia, pois o organismo vem resistindo aos sedativos, o que interfere no estado emocional da menina que sentia muitas dores e o desconforto do pós-operatório.

Mesmo após a cirurgia, o sangramento permaneceu, o que deixou a família muito angustiada e a equipe médica em estado de alerta.

De acordo com a família, uma médica do hospital interveio no quadro clinico para experimentar um novo medicamento, que teve sucesso no organismo de Caliane e estancou o sangramento, normalizando o estado clínico da menina que agora, permanece sedada e entubada em um quarto da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Segundo a mãe da menina, Gislaine Clara Boni, nesta cirurgia os médicos também implantaram um cateter peridural na região do abdômen para minimizar as dores de Caliane e aos poucos ir retirando os sedativos e tubos.

Boni conta que são poucos os momentos em que ela consegue falar com a filha, por causa dos sedativos. “Sempre que o efeito dos sedativos passa, os enfermeiros aplicam mais uma dose para tranquiliza-la”, diz a mãe.

Gislaine também elogiou muito todo o atendimento prestado pelo hospital e pela equipe médica que luta a cada dia para a melhora de Caliane. “Todos estão empenhados em fazer o melhor para minha filha, o estado dela é grave e já me avisaram que novas intercorrências podem acontecer. Peço muitas orações para ela”, ressalta Boni.

Após a primeira cirurgia, que ocorreu no dia 17 de setembro, Caliane passou, depois de alguns dias, por outra intervenção cirúrgica por causa de fístula no intestino. Este órgão está muito frágil e debilitado por conta das cirurgias e com processo lento de cicatrização.

Caliane é portadora de estenose irreversível do esôfago, por isso não consegue se alimentar pela boca, tendo que se utilizar da técnica de gastrostomia alimentar auxiliada por bombas infusoras que leva o alimento diretamente ao estômago.

Desta forma necessitava realizar uma esofagocoloplastia e correção de trânsito intestinal anormal, anteriormente alterado por inúmeras cirurgias prévias.

Porém na cirurgia realizada para reversão do caso não teve o objetivo alcançado, devido às muitas intervenções cirúrgicas que a menina sofreu durante a vida e que ocasionou o comprometimento geral da estrutura digestiva do organismo.