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Casa Abrigo já acolheu 228 mulheres desde sua inauguração

18/05/2012 08h26 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Casa Abrigo já acolheu 228 mulheres desde sua inauguração

A violência contra a mulher, infelizmente, é uma realidade não somente na cidade de São Carlos, mas em todo o país. A fim de aprimorar mecanismos de defesa e acolhimento de mulheres que vivem esta situação foi criada a Casa Abrigo Gravelina Terezinha Lemes, vinculada à Prefeitura Municipal de São Carlos que, desde 2001, já acolheu 228 mulheres e cerca de 400 crianças.

De acordo com Raquel Auxiliadora dos Santos, Chefe de Divisão de Políticas para Mulheres, a Casa Abrigo é um local seguro e sigiloso que oferece moradia e atendimento integral às mulheres em situação de risco de morte, em decorrência de violência doméstica. “São mulheres que não podem sair na rua, pois correm o risco de o marido persegui-las e matá-las. Por isso, o local conta com o apoio de guarda armada 24h por dia e toda uma estrutura montada para garantir a segurança dessas mulheres e de seus filhos”, explica.

Segundo Raquel, o abrigamento de mulheres tem caráter provisório e limite legal de três meses, podendo ser prorrogado mediante necessidade e avaliação da equipe. Antes de ser direcionada à Casa Abrigo, a mulher que sofreu qualquer tipo de violência, seja ela física, sexual, moral ou psicológica, passa por uma avaliação do Centro de Referência da Mulher. “As mulheres encaminhadas ao serviço compõem uma minoria dos casos. Geralmente, após cada caso ser avaliado individualmente de acordo determinados critérios, são oferecidas alternativas, sendo que a Casa Abrigo é o último refúgio da vítima. Antes, medidas como retirar o agressor do lar, por exemplo, são consideradas ”, ressalta.

O objetivo da iniciativa é promover, além de condições para a inserção social da mulher ameaçada ou vítima de violência, suporte informativo e acesso a serviços, através de instruções para reconhecimento de seus direitos como cidadãs e de que maneira exercê-los. “Nossa intenção é proporcionar atividades para que essas mulheres exercitem sua autonomia e potencialidades, através de uma abordagem de grupo, onde elas possam trabalhar a situação de violência vivida, e de uma abordagem individual, onde elas têm todo o respaldo de uma equipe de profissionais”, salienta Raquel.

PERFIL – Em pesquisa feita pelo Centro de Referência da Mulher, constatou-se que a violência doméstica está distribuída em todos os locais da cidade, no entanto, o bairro Santa Felícia foi a região que obteve maior representatividade de mulheres abrigadas, totalizando 21% dos casos. Em relação ao estado civil, 53% das mulheres vivem em união estável, sendo que a maior parte delas são donas de casa ou não estão inseridas no mercado de trabalho, fato que demonstra que aquelas que permanecem em casa são os maiores alvos dos companheiros.

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