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Cientista do Amanhã ‘cutuca’ estudantes de São Carlos

07/04/2013 11h28 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Cientista do Amanhã ‘cutuca’ estudantes de São Carlos

Ser devoto aos seus objetivos e ideais, trabalhar duro e estudar afincadamente. Esta é a fórmula adotada por alguns (poucos) estudantes do ensino médio de São Carlos, que participam do “Cientista do Amanhã”, programa institucionalizado no Instituto de Física de São Carlos (IFSC/USP) no início de 2012, que objetiva preparar alunos do ensino médio para a graduação, através de uma Iniciação Científica Jr., na qual cada estudante conta com a orientação de um dos docentes do Instituto, fazendo reuniões aos finais de semana para apresentação de seminários, realização de experimentos nos laboratórios, participação em palestras, entre outras tarefas. “O programa tem várias facetas: trabalhar a autoestima, ensinar a falar em público, motivar os estudos e auxiliar na definição da carreira profissional”, explica o diretor do IFSC e idealizador do programa, Antonio Carlos Hernandes.

 

Em 2013, o número de participantes do programa é reduzido, se comparado ao ano anterior. No entanto, seu foco é ajustado àqueles que têm inclinação ainda maior para a área de exatas, em especial à física. “Dentro do auxílio e definição da carreira profissional, naturalmente, conversamos muito sobre os cursos de graduação do IFSC. Nosso objetivo é ter alunos que desejam ser líderes, pois precisamos de líderes para o estado e o país, líderes em ciência e tecnologia”, complementa Hernandes.

 

O reconhecimento

Se um dos principais objetivos do programa é incentivar a disciplina nos estudos e explorar a paixão dos jovens cientistas pela ciência e tecnologia, tal meta tem sido alcançada com sucesso. No decorrer de 2012, os participantes do programa tiveram algumas vitórias, como prêmios em competições e aprovações no vestibular.

Marcelo Duchêne, estudante do 2º ano do ensino médio da escola Colégio São Carlos participa do “Cientista do Amanhã” desde seu início. Em 2012, ele participou da Olimpíada Brasileira de Física e sua equipe foi uma das vencedoras no Desafio de Física. “As aulas que assistimos aqui são muito parecidas com as da graduação, das quais também estamos participando. Temos vários dias para estudo e isso ajuda”, conta Marcelo, que já tem escolhido o curso que irá prestar no vestibular: Física Computacional. O curso, inclusive, foi a opção de Gabriel de Freitas Soga, que participou do “Cientista do Amanhã” no ano passado e, como recompensa, teve sua aprovação na Fuvest. “Sou de Guarulhos e me mudei para São Carlos para participar do programa. Praticamente, comecei a morar no Instituto, estudando aqui durante o dia, e à noite terminando o colegial”, relembra o universitário. “Com certeza que o “Cientista do Amanhã” influenciou na escolha de minha carreira, pois quando você está no ensino médio só existe a ideia do que pode ser a graduação; estar dentro do projeto é estar em contato com uma parte do que ela realmente será. Eu, que já tinha inclinação para ciências exatas, não tive mais dúvidas na hora de escolher o que fazer na universidade”.

 

Quando ainda é novidade

De 2012 até o momento, o formato do programa “Cientista do Amanhã” não foi alterado radicalmente, mas seus coordenadores procuram sempre atualizá-lo e, sobretudo, continuar explorando suas principais metas. “Já estamos organizando as atividades para esse semestre e alguns desafios teórico-experimentais já serão colocados de imediato. Teremos encontros periódicos – em princípio mensais – até o final do ano, com atividades práticas ou tira-dúvidas teóricos”, explica o educador do IFSC e coordenador do “Cientista do Amanhã”, Herbert Alexandre João. “Nosso objetivo não é convencer ninguém a fazer física, mas focar os alunos que gostam das ciências exatas e dar subsídios para que eles ingressem na universidade”.

O primeiro encontro do programa com os oito participantes deste ano (a maioria deles do 3º ano do ensino médio) foi realizado no final de março e reuniu alunos antigos e novos do programa, entre eles a estudante do Colégio Interativo, Amanda Siqueira Malimpensa, 15. “Uma amiga minha, que já participava do programa, falou-me sobre ele. Fiquei interessada e resolvi participar”, conta.

Com a facilidade e gosto pelas ciências exatas (que ela confessa só ter adquirido no ensino médio), Amanda diz que participará de competições e Olimpíadas de Física este ano e suas expectativas de vencer são grandes, principalmente quando se baseia nos bons resultados que seus colegas do programa já alcançaram. “Minhas expectativas para o programa são grandes, pois sei que, além de maior contato com a prática, terei também contato com muitas pessoas inteligentes. Estou muito empolgada!”, finaliza a futura cientista.

 

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