Coleta Seletiva está com serviço comprometido em São Carlos
A coleta seletiva de São Carlos, realizada pela cooperativa de catadores, Coopervida, está passando por dificuldades para cumprir a meta de recolhimento em setores da cidade que possuem o serviço.
Muitos moradores de casas e condomínios que colaboram com a coleta estão acumulando o material reciclável e ficando sem espaço para a continuidade do armazenamento. Desde que a cooperativa perdeu, em dezembro, um caminhão de porte grande, a coleta seletiva vem sofrendo problemas.
“As pessoas que contribuem com a coleta seletiva ligam na cooperativa para reclamar que a coleta não está ocorrendo no bairro e pedimos que reclamem na própria Prefeitura para que resolvam o problema”, comenta a catadora Natália Fabiana Vicente.
De acordo com a cooperada, além do desfalque de um caminhão de grande porte, no dia último dia 6 de maio o caminhão de pequeno porte foi retirado de circulação pela Prefeitura para manutenção e amanhã, dia 15, mais um caminhão terá a validade do contrato encerrada.
Com a falta de veículos para coleta, a solução encontrada pela cooperativa foi circular pelas regiões a cada 15 dias, porém alguns moradores podem receber o serviço a cada 30 dias, pois ao chegar ao bairro o caminhão irá carregar o material até o limite que lhe permitir, podendo assim deixar outros materiais para trás.
Sem a frota completa, a cooperativa tem muita dificuldade de atingir a meta estipulada pela Prefeitura de 98 toneladas/mês de material recolhido, o que garante o repasse mensal aos cooperados.
“No mês de fevereiro não atingimos a meta e ficamos sem receber R$ 8,9 mil de repasse da prefeitura e neste mês corremos o mesmo risco de não atingir a meta”, afirma Natália.
Neste cenário incerto de trabalho, muitos cooperados começaram a faltar nas últimas semanas com medo de não terem seus salários acertados por falta de verba da cooperativa. Até o fim do mês passado, eram 54 cooperados, hoje estão por volta de 20 a 30 funcionários.
A Coopervida teve seu contrato prorrogado por mais três meses, após o término no dia 3 de maio, porém a promessa inicial da administração pública aos cooperados era de que o contrato seria renovado por mais um ano.
De acordo com a Prefeitura e com a própria Coopervida, há uma proposta de aumentar o número de cooperativas para quatro na intenção de possibilitar 100% de coleta na cidade.
Mas os cooperados da Coopervida não acreditam que isto será a solução. “Se a prefeitura não dá conta de oferecer condições de trabalho para uma cooperativa, o que dirá oferecer estrutura para mais três”, conclui Natália.
Prefeitura quer terceirizar contratação de frota
A assessoria de Comunicação da Prefeitura respondeu por meio de informações da Coordenadoria de Meio Ambiente que para amenizar os problemas com a insuficiência de veículos e também facilitar as contratações e renovações de frota para coleta seletiva, a Prefeitura pretende terceirizar a frota com parceria da empresa São Carlos Ambiental, responsável pela coleta de lixo da cidade.
Também posiciona que prazo máximo para o caminhão, em manutenção, voltar para a Coleta Seletiva é de duas semanas, sendo assim até o dia 20 deste mês.
Quanto ao vencimento do contrato de um dos caminhões, em 15 de maio de 2013, será feito um novo contrato emergencial com validade de mais um mês, já que a coordenadoria está em negociação com a São Carlos Ambiental para que todos os caminhões usados na Coleta Seletiva passem a ser alugados pela empresa.
Quanto ao contrato de apenas três meses com a cooperativa, a coordenadoria justifica ter diminuído o prazo, já que, em breve, deverá estabelecer novo contrato anual que valerá igualmente para a Coopervida e para as novas cooperativas de catadores, que estão sendo criadas.
