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Combater roubos é prioridade, diz comandante da PM

30/01/2012 10h53 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Combater roubos é prioridade, diz comandante da PM

O 38º Batalhão da Polícia Militar, sediadoem São Carlos, está sob novo comando desde a primeira quinzena de janeiro. Trata-se do tenente-coronel Luís Antônio Fernandes Rosa, de 49 anos, desses,29 aserviço da Corporação Militar Paulista. Coronel Rosa ingressou na Academia Militar do Branco em 1983 e se formou a aspirante oficial em 1986. Na sua carreira militar o novo comandante da PM da região de São Carlos, atuou no 21º BPM/Mem São Paulo, 3º BPM/I de Ribeirão Preto, Batalhão de Franca e antes de ser promovido a tenente-coronel em dezembro do ano passado, estava no Comando do Policiamento do Interior 3em Ribeirão Preto.

Esta é a segunda vez que Rosa trabalhaem São Carlos.Comocapitão, ele ficou no período de1998 a2000 no Batalhão que na época era comandado pelo tenente-coronel José Roberto Dus. Na quinta-feira, o novo comandante atendeu a equipe do Primeira Página e falou sobre os seus planos e projetos que pretende adotar na área que abrange o 38º Batalhão. Confira a entrevista.

Primeira Página – Com quais objetivos e missões o senhor assume o comando do 38º BPM/I ?

 

Coronel Rosa – A missão da gente é dar continuidade aos projetos que já estavam em andamento pelo coronel Jackson Justus e alguns ajustes operacionais que estão sendo necessários.

Qual o tipo de crime que mais preocupa o senhor na área do 38º Batalhão?

 

Cel. Rosa – Em toda a região de São Carlos a prioridade nossa são os crimes contra pessoas: é o roubo, essa é uma das prioridades que a gente vai trabalhar.

Dos roubos registrados, vários são contra residências, inclusive essa semana tivemos um no bairro Nova Santa Paula, o senhor acredita que esses crimes são praticados por grupos organizados ou aprendizes do crime?

 

Cel. Rosa – Com exceção dos roubos a transeuntes onde geralmente se usa a força física, os demais roubos são planejados. Então não são iniciantes que estão fazendo isso, a nossa meta é trabalhar juntamente com a Polícia Civil, identificar quem são os autores, isso com a colaboração da própria comunidade, para que a gente verifique se a pessoa é da cidade de São Carlos ou da região, pois muitos desses roubos são oportunismo. Isso é, o criminoso planeja, vem, comete o crime e retorna para outra cidade, com isso ele consegue desaparecer rapidamente.

Em relação à tropa hoje existente no Batalhão, é suficiente e ela tem o estilo de trabalho do coronel Rosa?

 

Cel. Rosa – Nós estamos fazendo alguns ajustes no nosso efetivo para que passe a trabalhar dentro da minha filosofia, quanto à quantidade a gente não tem tudo o que a gente quer, então com a equipe que temos, vamos tentar fazer o máximo possível.   

Em São Carlos e na região que é abrangida pelo Batalhão, há células de facções criminosas?

 

Cel. Rosa – Isso são estudos que são feitos pelo nosso alto comando, mas em todo o local sempre há pequenas células do crime, independente de terem ligações com facções ou não, sempre houve e sempre haverá algum grupo ou alguém tentando se beneficiar de atos ilícitos.

Coronel, o senhor veio para ficar no comando do Batalhão por um bom tempo ou será provisório como ocorreu anteriormente com o coronel Justus e como também vem ocorrendo no comando da Seccional de São Carlos?

 

Cel. Rosa – Hoje você não tem como falar nisso em nenhuma instituição, de repente um trabalho que eu começo a fazer é um trabalho que tenha alguma repercussão, aí sou alçado a outro trabalho. Então não dá para mim te falar que vou ficar um, dois ou três anos. Qualquer empresa hoje não tem como garantir isso. O nosso objetivo é deixar os operacionais com uma filosofia de como tem que trabalhar. Isso é o mais importante. Eu sou passageiro, o subcomandante é passageiro, mas o oficial, principalmente o capitão que está na linha de frente operacional, esse sim tem de estar dentro da filosofia, por isso que estamos tentando trazer um capitão, pois o capitão Samir está saindo porque ele tem de fazer um curso para ser promovido dentro da corporação. Então a ideia nossa é trazer um capitão que tenha bastante tempo para exercer a função.

Qual é a filosofia do coronel Rosa?

 

Cel. Rosa – Policiamento, policiamento e policiamento. Nós temos de dar o máximo de garantia possível para a comunidade. A tropa é da comunidade. As pessoas vivem na comunidade e a gente tem de dar o máximo possível de garantia para que a pessoa tenha tranquilidade, só que a comunidade tem de colaborar também, ninguém tem mais informações do que a própria comunidade, se ela segurar essa informação fica difícil de você saber o que está acontecendo, a comunidade sabe tudo, se você troca de carro, todo mundo da rua fica sabendo, se sua filha, seu filho namoram, todo mundo da rua fica sabendo. Agora o cara sai com uma televisão de42 polegadasdebaixo do braço e ninguém vê?  Será que ninguém vê ou simplesmente o cidadão acha que isso não problema dele?

O senhor já se reuniu ou manteve contato com o delegado seccional da Polícia Civil ?

 

Cel. Rosa – Não ainda não, na verdade a gente está trabalhando com o nosso público interno, fazendo alguns ajustes internos, estou aqui há 15 dias apenas, então primeiro vamos ajustar a nossa casa.

Para concluir, o senhor trabalhou aqui em São Carlos de 1998 a 2000 como capitão, nesses 15 dias que o senhor retornou para a cidade, observou mudanças do que era a cidade 12 anos atrás e do que é agora na área de segurança pública ?

 

Cel. Rosa – Nesses últimos anos, eu vinha trabalhando em cidades maiores. Então algumas coisas que irão acontecer aqui ou estão acontecendo eu já passei por isso nessas cidades maiores, por isso a preocupação da gente é envolver a comunidade nos acontecimentos. Você pega hoje Ribeirão Preto com 600 mil habitantes, infelizmente algumas frações da comunidade ignoram as outras. Isso daí vai gerando um fato propício para o meliante, ele sabe que não vai ser identificado, quem convive com ele às vezes não o conhece, na região que ele mora ele é um cidadão de bem, só que durante a noite ou em outros períodos ele é traficante em outra área da cidade. 

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