CPI deve promover acareação entre Prefeitura e Ambiental
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os pagamentos realizados à São Carlos Ambiental colheu mais dois depoimentos na tarde de ontem. O secretário de Serviços Públicos, Mariel Olmo, e o ex-prefeito Paulo Altomani (PSDB- 2013/2016) compareceram à Câmara. Segundo o presidente da CPI, Paraná Filho (PSB), há uma questão ‘nebulosa’ que envolve as investigações, que é o suposto desconto no contrato, fato alegado pela Prefeitura e negado pela concessionária que recolher o lixo.
“Está nebulosa essa questão. Por isso, vamos promover uma acareação da São Carlos Ambiental e Prefeitura. A administração não tem um documento oficial e nos recibos, a empresa menciona um abatimento temporal. O esclarecimento desse fato é crucial para o relatório da CPI”, afirmou.
Sobre esse assunto, o secretário de Serviços Públicos, Mariel Olmo, confirmou o desconto. Disse que se os pagamentos fossem feitos até o dia 10 de cada mês, ficou acertado um aditamento supressivo, sob responsabilidade do chefe de Gabinete da Procuradoria Jurídica, Ademir Souza e Silva.
Altomani
No depoimento, o ex-prefeito Paulo Altomani admitiu dificuldades em cumprir o contrato em função dos saques do Tesouro Nacional e que as faturas eram pagas parcialmente por falta de dinheiro.
Ele também afirmou que os serviços de coleta de lixo aconteceram nos meses de setembro a dezembro, apesar da falta de pagamento da Prefeitura.
Altomani afirmou que empresa e Prefeitura nunca ventilaram a possibilidade de concessão de descontos no contrato e que tomou conhecimento pela imprensa que a atual administração conseguiu uma redução mensal de R$ 390 mil no contrato, mas que empresas aceitam tal situação em função da situação econômica do País.