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Cresce número de moradores de rua em São Carlos

22/02/2013 11h20 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Cresce número de moradores de rua em São Carlos

Levantamento feito pelo serviço de abordagem social de rua da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (SMCAS), em conjunto com o albergue noturno, mostra um aumento no número de migrantes ou itinerantes que tem permanecido na cidade. Segundo a SMCAS, grande parte dessas pessoas vem para São Carlos em busca de oportunidades de emprego, na expectativa de conseguir opção de moradia ou procurando atendimento na área de saúde.

 

Segundo Arnaldo Sérgio Malaquias, coordenador do albergue SOS Santa Isabel, o estabelecimento, que tem 60 lugares, recebe entre 45 e 50 pessoas diariamente: “Dessas, trinta são fixas, cadastradas no Creas (Centro Especializado em Assistência Social). O usuário pode chegar aqui por meio do Creas, que vê por que a pessoa está na rua, se ela é de São Carlos, se ela tem família. Mas a pessoa pode vir diretamente também, por uma noite, e ela dorme, recebe janta, toma banho, toma café da manhã, e a partir das 7 da manhã ela sai. Agora, se for morador de rua, o Creas faz uma avaliação com assistente social, psicólogo, pede para eles ficarem alguns dias aqui até eles serem inseridos novamente na família”, explica.

Questionado sobre os motivos que em geral levam as pessoas a morarem nas ruas, ele diz: “Cada um tem sua história: separação, perda do emprego. Perde o emprego e perde a mulher. Ou perde a mulher e acaba perdendo o emprego. E se tem a propensão a beber, a pessoa cai na rua. A maioria é usuária de álcool ou droga”, diz Malaquias.

“As alternativas para solucionar ou minimizar esse problema”, diz a SMCAS, “implicam na intensificação das ações por parte da equipe de abordagem de rua do Centro POP e do serviço de ronda noturna do Albergue Noturno com o objetivo de melhor identificar o perfil dessas pessoas e permitir assim um encaminhamento mais adequado para as demandas apresentadas”.

No entanto, não são todos que aceitam ir para o albergue: “Tem gente que liga indicando um lugar em que viram um morador de rua. Nós vamos lá, mas muitos não gostam de albergue ou por que têm rixa com outros, e muitas vezes quem usa droga ou álcool se desprende, não se cuida, não toma banho. E se vier aqui, a pessoa tem que tomar um banho, pois vai conviver com outras pessoas, vai jantar… E muita gente quer ficar na rua do jeito que está. Até a sociedade diz que tem que passar na rua e pegar, mas não podemos obrigá-los”, diz Malaquias.

 

Trabalho

“No âmbito do trabalho”, explica a SMCAS, “é feito encaminhamento para o serviço de atendimento da Casa do Trabalhador vinculado a Secretaria Municipal de Trabalho, Emprego e Renda. Quando há necessidade de retorno à família é feita avaliação social junto ao Albergue Noturno e fornecida passagem para o trecho que compreende as cidades de Araraquara ou Itirapina. No caso de retirada de documentação é feito o encaminhamento para o serviço do Poupa Tempo da cidade. No caso dos moradores de rua que tenham vínculos com a cidade de São Carlos, o serviço de referência para atendimento é Centro-POP da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social (SMCAS)”.

Mais informações, entrar em contato pelo telefone (16) 3307-4795 ou pelo endereço na rua São Joaquim, 818 – Centro. Já o Albergue Noturno localiza-se na Rua Rotary Club, 101 – Vila Marina e o telefone para contato é o (16) 3361-1267.

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henrique de oliveira
henrique de oliveira
11 anos atrás

Ea importação de gente para formar curral eleitoreiro , ja notei tambem que o numero de “ambulantes” de fora da cidade aumentou consideravelmente , prejudicando os comerciantes locais.

eleitor
eleitor
11 anos atrás

Esse é apenas mais um reflexo dos ultimos 12 anos de abandono que a nossa cidade teve quando os petralias estiveram a frente da prefeitura.

Maria Helena
Maria Helena
11 anos atrás

O problema de termos um numero maior de migrantes nas ruas é que a Prefeitura ainda não comprou as passagens para o Albergue fazer o trabalho deles, que é encaminhar este migrante ou trecheiro para a sua cidade de origem ou a cidade mais próxima.
É diferente MORADOR DE RUA e MIGRANTE para a política pública de atendimento.

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