Dona Dirce ‘coleciona’ escorpiões capturados no Tijuco Preto
Dirce Néspola já perdeu a conta de tantos escorpiões que capturou na casa dela, na rua Abraão Simão, Tijuco Preto, atrás do Cemitério Nossa Senhora do Carmo. “Há tempos já dispensei um vidro cheio de escorpiões”, conta.
A dona de casa afirmou que não passa uma semana sem capturar os animais peçonhentos. “Hoje [ontem] mesmo, quando saía para ir ao cemitério, me deparei com um escorpião”.
A dona de casa contabiliza em menos de um mês mais de 100 escorpiões, que são pegos com a ajuda do filho Rovilson e guardados em um recipiente de vidro. “Nunca fui picada, graças a Deus, mas a minha calopsita morreu após um ataque de escorpião”, conta.
Dirce explica que o filho, constantemente, sai à caça dos animais. “À noite, eles costumam aparecer na vizinhança. Acho que a Prefeitura promover uma boa limpeza na região, assim diminuiria o aparecimento dos escorpiões em casa”, relata.
Se dona Dirce ‘comemora’ o fato de nunca ter sido atingida pela picada de escorpião, a vizinha dela, Luzia Redondo Penha, não teve a mesma sorte. Há cinco meses, um dos animais peçonhentos estava escondido no travesseiro da cama dela e a picada foi inevitável. “É uma dor terrível, meu braço ficou todo inchado. Por sorte fui medicada e nada de mais grave aconteceu”, diz, aliviada.
Em 2013, o número de pessoas atacadas por escorpiões saltou de 10 para 15, um aumento de 50% em São Carlos, em comparação com 2012. Por meio de um comunicado enviado à imprensa, o chefe da divisão de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde, Arlen César Pane, explicou que em caso de acidentes envolvendo escorpiões, as devem procurar atendimento médico. Segundo ele, a Santa Casa é referência em atendimento desses casos. Os escorpiões procuram locais com pouca luz para se esconder e um dos locais que abrigam os animais peçonhentos são os cemitérios. Em caso de aparecimento do animal, o Centro de Zoonoses deve ser avisado por meio do telefone: 3307-7405.
