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Dona Nahir: 95 anos com muito trabalho e dedicação ao campo

08/03/2017 12h20 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Dona Nahir: 95 anos com muito trabalho e dedicação ao campo

Com 95 anos de idade, a senhora Nahir Barbosa da Silva Leme é um exemplo de mulher batalhadora. Detentora de uma lucidez incrível e uma saúde melhor ainda, ela administra sua propriedade, com 44 alqueires paulistas, localizada próximo da estrada que liga Itirapina ao distrito de Graúna, também com animais, plantações, funcionários e os familiares que, vira e mexe, estão lá, tomando leite recém tirado das vacas leiteiras, colhendo verduras, frutas e legumes e se distraindo com as excelentes histórias dela. 

Mãe de quatro filhos, dona Nahir tem oito netos, 15 bisnetos e três tataranetos. A propriedade é de uma organização impecável, além de uma vista fantástica para morros e lagos para as bandas de Graúna.

Entre as histórias, Dona Nahir conta que nasceu em Ipeúna, casou-se em 1942 e veio para Itirapina, terra que disse amar com todas as forças. “Eu cheguei a tirar leite na propriedade do Ne Lima, na Fazenda Guarita, e era considerada uma das melhores da região. Já morei na Fazendinha. Eu e meu marido fizemos questão de estudar nossas filhas em colégios bons, sempre com muito sacrifício de todos, inclusive delas que nas horas vagas nos ajudavam na lida”, lembra.

Dona Nahir disse acordar bem cedo, tomar um bom café, verificar o que precisa fazer na propriedade, e produzir um queijo por dia, o qual ela costuma consumir ou doar, dependendo da ocasião. “Gosto de ficar conversando com minhas visitas e assistir às missas na televisão”, contou sobre os seus passatempos.  

Considerada rígida em alguns aspectos, até no voluntariado, uma de suas filhas revelou que todo primeiro bezerro que nasce depois da festa de Santo Antônio, padroeiro de Itirapina, no ano seguinte ela doa para o tradicional leilão de gado promovido pela paróquia. Também faz questão de doar queijos para a ONG AVAI, que cuida de cães e gatos, para que eles sejam vendidos na feirinha da cidade.

Com a memória impecável, Dona Nahir relembra em detalhes das festas com apresentações de catiras, promovidas pelas famílias Mariano, Lima, Mineis, Antônio, Dalhão, Silva, Leme, entre outras. “Era uma felicidade só. Vinha gente de toda a região”, comentou a senhora Nahir Barbosa da Silva Leme. “A vida era difícil, levantávamos muito cedo. Eu e meu marido, Eduardo Leme de Andrade, tirávamos leite, cuidávamos dos animais, das plantações, das crianças pequenas, era muito trabalho, mas fomos muito felizes. Nossa casa era alegre e vivia cheia de gente”, comentou, com lágrimas nos olhos. 

SAUDADE – Com serenidade, ela explicou que em 1978 houve uma grande festa na sua casa, com a presença de catireiros de Itirapina e toda a região, além de familiares, amigos e moradores das propriedades próximas, ocasião em que eles escreveram uma música que seria apresentada na festa do ano seguinte, mas a festa não aconteceu, devido ao falecimento de seu marido, Eduardo, vítima de um ataque no coração, em 1979. “Mas, com a morte do Eduardo, ela não ocorreu, ficando apenas a saudade daqueles bons tempos”, finalizou.

 

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