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Elas vivem mais

08/03/2013 17h45 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Elas vivem mais

Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida do brasileiro nascido em 2010 alcançou 73,4 anos e os dados mostram que as mulheres vivem mais do que os homens, sendo a expectativa de vida das mulheres, 77,32 anos e dos homens 69,73 anos, uma diferença de sete anos, sete meses e dois dias.

“Uma das explicações para tal fato indica que um componente genético pode favorecer as mulheres: mutações no DNA da mitocôndria, por exemplo. Além disso, as diferenças em doenças que acometem uns e outros”, explica Aline Cristina Martins Gratão, professora adjunta do Departamento de Gerontologia da UFSCar. Ela comenta que a taxa de doenças letais é muito maior entre os homens idosos do que entre as mulheres idosas, entre as quais predominam as doenças não fatais, mas incapacitantes e crônicas, entre elas artrite e hipertensão. “Entre os homens prevalecem as doenças isquêmicas do coração. Existem outros fatores também, porém esses são os mais debatidos”, diz.

Sobre a vida das mulheres na terceira idade atualmente, a docente afirma que o envelhecimento é um fenômeno diferencial para homens e mulheres, uma vez que as mulheres apresentam maior longevidade quando comparadas aos homens. “Mulheres de todas as idades são menos agressivas, mais solidárias, mais sugestionáveis, mais envolvidas e mais relacionadas socialmente do que os homens. Porém, na velhice as mulheres são mais afetadas pelas consequências negativas do prestar cuidados a pessoas da mesma idade ou mais velhas, geralmente o cônjuge, pais e sogros”, fala. “Na velhice avançada as mulheres são mais negativamente afetadas em suas possibilidades de envolvimento social por causa de sua maior longevidade e do risco aumentado de dependência. Elas tendem a sofrer mais de isolamento e solidão. Elas possuem autoimagem mais negativa, bem como uma visão da velhice e dos outros velhos mais negativas do que os homens idosos”, reflete a professora.

Aline ressalta a importância de mulheres que vivem sozinhas após perderem seus companheiros em darem continuidade à vida social. “A prevalência de mulheres na população idosa vem acompanhada da prevalência de viúvas. Além da maior longevidade das mulheres, as normas sociais e culturais, prevalecentes na sociedade brasileira levam os homens a se casarem com mulheres mais jovens que eles, e o fato de casar mais de uma vez para os viúvos idosos é maior do que para viúvas”, aponta. “Além disso, o fato dos filhos saírem de casa para estudar, trabalhar, casar, faz com que, a maioria delas, viva sozinha. E como já falado as mulheres tendem a sofrer mais de isolamento e depressão, por isso manter atividades sociais são extremamente importantes para manterem-se ativas e se sentirem importantes na comunidade em que vivem como frequentar bailes, participar de eventos religiosos, atividades voluntárias na comunidade, participar de atividades e viagens em grupos de terceira idade, entre outras”, recomenda.

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