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Embrapa sintetiza propostas sobre saneamento básico rural

01/11/2013 20h26 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Embrapa sintetiza propostas sobre saneamento básico rural

Durante quatro dias o saneamento básico rural no Brasil esteve em destaque na agenda da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP). Um workshop reuniu lideranças de diversos setores para discutir o tema e, em seguida, setenta pessoas de seis Estados e do Distrito Federal participaram de um curso para formação de multiplicadores de tecnologias sociais.

 

O cenário de cerca de 23 milhões de pessoas sem acesso a esgoto canalizado e água tratada na área rural brasileira foi um dos pontos motivadores para que especialistas, gestores, pesquisadores, técnicos, universitários e representantes de instituições públicas e privadas discutissem – no workshop – alternativas para que o saneamento básico rural possa estar ao alcance de mais pessoas.

Ao final de um dia de discussões, foram elencados alguns desafios para mudar a situação, tais como:

 

·       Integrar governo, municípios e sociedade para a universalização do saneamento;

·       Difundira questão do saneamento básico rural como melhoria da qualidade de vida;

·       Mobilizaras pessoas para que as autoridades e população tenham foco no saneamento urbano e rural;

·       Desburocratizar o acesso aos recursos financeiros (há dirigentes que nem sabem onde procurar recursos);

·       Implementar o Programa Nacional de Saneamento Rural (sob a responsabilidade da Fundação Nacional de Saúde – Funasa), com vínculos à qualidade e metas;

·       Promovera integração e interface com outras políticas públicas.

 

As palestras contaram com representantes do Instituto Trata Brasil; Funasa; Fundação Banco do Brasil, Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI); Secretaria Estadual de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São Paulo; USP; Embrapa Pecuária Sudeste; Embrapa Instrumentação; Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável, Ciência e Tecnologia de São Carlos.

Os debates também motivaram a elaboração de algumas recomendações, que deverão ser encaminhadas à sinstituições participantes e gestores públicos, entre as quais destacam-se:

 

·       Buscar parcerias para desenvolvimento, implementação e alcance das tecnologias(Unidades Descentralizadas e Unidades Centrais da Embrapa, parceiros externos, extensionistas);

·       Reconhecera importância da zona rural para: suprimento de água, mananciais, biodiversidade, efeito tampão, suprimento de alimentos, para conservação de áreas e espécies e para mitigação de mudanças climáticas;

·       Incluir a área rural como parte estratégica para a qualidade de vida da zona urbana nos Planos Diretores dos Municípios;

·       Trabalhara percepção das pessoas, dirigentes e tomadores de decisão, quanto à questão da água – por exemplo, realizando ações de educação ambiental e sanitária;

·       Aproveitar a consciência feminina para convencimento da necessidade de saneamento – promover, por exemplo, cursos de capacitação específicos para as mulheres, cujo papel para o saneamento básico rural é de extrema importância nas propriedades agrícolas;

·       Capacitar empresas de água e esgoto;

·       Fazer gestões para que fontes de financiamento como Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) condicionem a concessão do crédito à instalação de tecnologias como a Fossa Séptica Biodigestora.

 

O pesquisador da Embrapa Instrumentação Wilson Tadeu Lopes da Silva, coordenador do workshop, avaliou o resultado como extremamente positivo. “Pudemos verificar o Estado da Arte no que se refere ao Saneamento Básico Rural em nosso País e propor alguns caminhos, de forma coletiva, para que não somente as tecnologias sociais que desenvolvemos sejam mais difundidas, mas também quem e como sensibilizar nesse tema tão importante”.

 

Curso Saneamento

A Embrapa Instrumentação também promoveu, pela primeira vez para o público externo, um Curso de Saneamento Básico Rural, com destaque para a divulgação def undamentos da Fossa Séptica Biodigestora, do Clorador Embrapa e do Jardim Filtrante.

Setenta pessoas de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Alagoas e do Distrito Federal participaram das aulas teóricas e também de uma visita ao Sítio São João, onde puderam verificar o funcionamento das tecnologias. O curso reuniu estudantes de graduação e pós-graduação, técnicos, engenheiros, professores, biólogo, geógrafo, secretários municipais e gestores públicos.

“Mais do que demonstrar as tecnologias, o curso foi um momento importante para trocar experiências com estudantes e profissionais envolvidos com o Saneamento Básico Rural, pois a tecnologia por si não resolve o problema, é necessário o envolvimento dos produtores rurais, das pessoas que podem levar as informações até os lugares mais distantes do Brasil. O curso é mais um estímulo para prosseguir nosso trabalho de pesquisa, desenvolvimento e transferência de tecnologia”, finalizou o pesquisador Wilson Tadeu.

 

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