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Empresa recicla 10 toneladas de equipamento eletrônico por mês

02/03/2013 13h23 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Empresa recicla 10 toneladas de equipamento eletrônico por mês

Dados do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) apontam que no mundo são produzidas entre 20 e 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano.  Com o aumento do consumo de aparelhos eletrônicos no país (dados da empresa IDC Brasil mostram que no 3º trimestre as vendas de tablets chegaram a 770 mil aparelhos, um aumento de 127% em relação a 2011, e as de celular chegaram a 15,3 milhões de aparelhos) ocorre também o aumento do chamado “lixo eletrônico”.

 

Somente a empresa Reciclatesc, de São Carlos, processa entre 8 e 10 toneladas de equipamentos eletrônicos por mês: “Nossa ideia é partir da recepção de equipamentos de informática. Nosso centro de reciclagem tecnológica é no prédio de um dos nossos parceiros, que é o Nosso Lar, e lá todos equipamentos são analisados. Temos um técnico especializado que avalia o equipamento e diz se ele pode ser recuperado ou não. Depois ele leva o equipamento para o centro de reciclagem , analisa, instala softwares livres. Então o equipamento é adequado e doado para outras instituições sociais”, explica Eduardo Cunha, membro da equipe de gestão do Reciclatesc.

O volume de recuperação de equipamentos, no entanto, é pequeno. “Cerca de 10%, e o que não recuperamos, fazemos um processo de desmanufatura, separando os materiais, plástico… O monitor a gente deixa inteiro porque não pode ser quebrado, já que possui materiais contaminantes e a gente manda para fornecedores em São Paulo, que compram da gente e garantimos a sustentabilidade financeira do projeto por meio da venda desses produtos”, explica Cunha.

Segundo ele, existe a busca de fornecedores que deem a garantia de que os materiais serão descartados de forma ambientalmente correta: “Tem uma lei estadual, a 13576, que diz que todo equipamento eletrônico tem que ser desmanufaturado de forma correta. Para uma empresa isso é muito importante, pois elas precisam de uma rastreabilidade do processo ISO (sigla em inglês para Organização Internacional para Padronização)”, explica.

A Reciclatesc recebe equipamentos da USP de São Carlos, Ribeirão Preto, Bauru, Pirassununga e de empresas da região: “Temos potencial para 16 toneladas, mas precisamos de espaço físico para poder manusear melhor os produtos. Desde que começamos, em 2009, já captamos cerca de 300 toneladas, reutilizamos 300 equipamentos e doamos para cerca de 40 entidades”, afirma.

A empresa ainda promove cursos de capacitação de desmanufatura e é um ambiente de pesquisa científica: “Bolsistas da Fapesp, do CNPq desenvolvem equipamentos para desmanufaturar juntamente com a empresa”, diz Cunha.

Para saber como doar equipamentos, acesse o site:

http://www.reciclatesc.org.br/novo/

 

Reciclagem de lâmpadas fluorescentes

Compostas entre outras substâncias de fósforo e mercúrio, as lâmpadas fluorescentes não devem ser colocadas no lixo comum, nem em aterros sanitários. A Prefeitura Municipal de São Carlos possui um equipamento (papa-lâmpadas) que dá destino adequado ao produto. Mas segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, o equipamento está quebrado, o que impede o recolhimento e devido tratamento dessas lâmpadas.    

 

Conserto de equipamentos

Proprietário de uma loja de conserto de aparelhos eletrônicos desde 1979, Donizete da Silva afirma: “Até o ano passado o pessoal abandonava muito os equipamentos aqui. Este ano não sei o que aconteceu que eles têm vindo buscar. Agora o que está atrapalhando é a falta de peça”.

Questionado sobre a política de descarte de equipamento, ele diz: “Depois de pronto o equipamento, dou 90 dias de prazo para virem buscar. Mesmo depois disso entro em contato, tento negociar, vejo se ele não quer vender e dou uma diferença, pra não ficar atrapalhando aqui. Quando não tem conserto, eu descarto em ferro-velho, em desmanche. E tem muita gente que deixa equipamento aqui que não tem conserto. Junto cerca de 6 por mês”, afirma.

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