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Equipe da Santa Casa realiza mais 3 enucleações

23/04/2013 11h25 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Equipe da Santa Casa realiza mais 3 enucleações

No último final de semana, a equipe da Comissão de Doação de Órgãos realizou mais uma captação de córneas de possível doadores de órgãos, após autorização da família.

 

O primeiro óbito ocorreu no dia 19 de abril a 1 hora. O potencial doador, de 49 anos, teve como causa da morte a falência múltipla dos órgãos. Após a enucleação, as córneas foram encaminhadas para o Banco de Olhos de Ribeirão Preto às 2 horas.

No dia 21 de abril, às 5h25min, houve um paciente de 31 anos, com registro de óbito por parada cardiorrespiratória. A saída dos órgãos ocorreu às 9h30. Neste caso houve demora pelo fato de o doador ter sido vítima de um acidente automobilístico e nestes casos os corpos são encaminhados para o IML e não se pode fazer a retirada das córneas sem a autorização do legista, pois muitos preferem que as enucleações sejam feitas após a autópsia, porém nesse óbito o legista autorizou a retirada, pois não iria interferir no exame.

No mesmo dia, mais um falecimento de um potencial doador ocorreu às 17h30, de um paciente de 67 anos por doença cerebral vascular. As córneas foram encaminhadas para Ribeirão Preto às 21h.

Esta foi a 13ª doação de órgãos pela Santa Casa de São Carlos e a terceira realizada pela equipe interna da Comissão. Destacando que as últimas doações tiveram a colaboração da Polícia Militar Rodoviária para transportar as córneas até o Banco de Olhos de Ribeirão Preto.

O gerente de enfermagem e integrante da Comissão de Doações de Órgãos da Santa Casa, responsável pelo processo de enucleação, Alexandre Ricardo Zagato, explicou que a diferença de horários entre o óbito e a retirada das córneas ocorre pelo fato de muitas das famílias morarem em outra cidade e levarem um tempo para comparecer ao hospital. Além disso, há também o processo anterior de abordagem aos familiares para que sejam informados da possibilidade de doações e todo seu processo e posteriormente a autorização da família para que a captação seja efetuada. O procedimento de enucleação em si dura em média 15 minutos.

Zagato comenta que um fator essencial para que as doações ocorram é a solidariedade, pois o ser humano tem por si próprio um instinto solidário, um prazer de poder ajudar o próximo a sair de situações difíceis.

Para ele isso acontece, provavelmente, porque as pessoas colocam-se no lugar do enfermo e imaginam o quanto seria sofrido estar em tais condições. “Pode ser embaraçoso falar sobre o assunto, mas é importante que a família saiba do desejo de cada um. Isso evita a dúvida na hora da doação de órgãos e sabendo a vontade do ente falecido, torna-se mais fácil a decisão”, explica o gerente de enfermagem.

“Retirar um órgão de alguém falecido e transplantá-lo em uma pessoa doente pode representar a cura e o retorno a uma vida normal, é um milagre de Deus. O ato de doar órgãos é um ato de amor ao próximo”, afirma.

“Não há palavras para descrever a satisfação em relação ao sucesso nas doações, lembrar que estamos ajudando pessoas a recuperarem a visão é algo muito prazeroso que nos dá a sensação de dever cumprido”, finaliza Zagato.

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