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Esclerose múltipla: maior parte dos sintomas pode ser subestimada

29/08/2013 22h46 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Esclerose múltipla: maior parte dos sintomas pode ser subestimada

Uma doença pouco conhecida e de difícil diagnóstico atinge em sua maior parte pessoas com idades entre 18 e 55 anos, predominantemente do sexo feminino, segundo dados do Ministério da Saúde. O dia 30 de agosto é tido como o Dia de Conscientização Nacional da Esclerose Múltipla e atenta para a falta de conhecimento a respeito de seus sintomas.

 

Segundo o médico neurologista Francisco Márcio de Carvalho a esclerose múltipla possui um diagnóstico difícil. “A maioria dos sintomas pode ser subestimada, fazendo com que não se solicite exames. É algo que pode acontecer e ainda existe essa falha, parece que é uma doença que quer se esconder, até mesmo pelo fato de apresentar melhoras espontaneamente”, observa o especialista.

Por ser autoimune, na esclerose múltipla o organismo produz anticorpos contra a bainha de mielina, uma camada que envolve as fibras nervosas, provocando dificuldades de cunho motor e sensitivo. Entre os sintomas, estão surtos de alterações na visão, formigamento ou dormência nos membros, perda de equilíbrio e dificuldade de andar. No entanto, o médico salienta que é possível viver bem com a doença, sem que ela interfira diretamente no bem-estar e no desenvolvimento da pessoa.  “A doença não tem cura, mas está com controle bastante favorável e, a cada dia, o tratamento progride mais. Com o passar dos anos temos um tratamento imunomodulador eficiente na prevenção da esclerose múltipla, nos casos de novas recaídas e novos surtos. Se o paciente fizer uma prevenção adequada, poderá ter uma qualidade de vida perfeita, naturalmente”.

A inflamação se desenvolve de maneira diferente de uma pessoa para a outra e sua causa não é conhecida. “Existe uma tendência que pacientes portadores da doença tenham desconfortos em temperaturas extremas, ou seja, calor ou frio demais faz com que a pessoa tenha alterações motoras dentro de cada quadro da doença, ligados a tonicidade muscular”.

 

De acordo com Carvalho, antigamente, o diagnóstico da esclerose múltipla era muito mais complicado, pois não se tinha técnicas de diagnóstico por imagens tão precisas quanto hoje se consegue com a ressonância magnética. “Os diagnósticos eram realizados por métodos indiretos, basicamente pela observação clínica e pela variabilidade dos sinais e sintomas neurológicos. Com o advento da ressonância, isso se tornou muito mais fácil”. 

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