Falta d’água atormenta moradores de São Carlos
Final de semana de calor intenso foi marcado novamente pela falta d’água em mais de 10 bairros da cidade
Num final de semana marcado pela temperatura batendo na casa dos 40°C, a falta d’água, novamente, trouxe transtornos aos moradores de mais de 10 bairros de São Carlos. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto não oferece soluções para o problema, para o qual a autarquia, presidida por Benedito Marchezin, não consegue diagnosticar o problema.
Poucos dias atrás, o prefeito Airton Garcia concedeu entrevista ao programa Fala São Carlos, na qual mencionou que o SAAE estava funcionando muito bem, e que a gestão merecia nota alta. Pois bem. Não deve ser o mesmo pensamento que tem os moradores dos bairros Cidade Aracy, Antenor Garcia, Vila Prado, Santa Felícia, entre outros.
O assunto foi tema da sessão da Câmara de ontem (6). O vereador Paraná Filho (PSL), do mesmo partido do prefeito Airton Garcia, escancarou o descaso com o qual Marchezin trata da questão. Segundo o parlamentar, no sábado (3), ele tentou ligar por 20 vezes para o Presidente do SAAE, sem obter resposta.
O Presidente do SAAE, que ora culpa o calor, ora culpa o consumo excessivo ou problemas na captação, agora veio a público falar em uma suposta “sabotagem” no sistema de bombeamento do SAAE. No entanto, ele já ocupa a Presidência da autarquia há quase quatro anos, recebendo um salário na casa dos R$ 30 mil mensais e ainda não conseguiu apresentar uma solução definitiva para o problema.
Em uma tentativa de mostrar algum trabalho para resolver a questão, Marchezin montou uma “comissão de crise” no SAAE, para auxiliar no monitoramento estratégico do abastecimento da cidade e para checar a veracidade das denúncias de possíveis irregularidades no protocolo de operacionalização. A primeira reunião ocorreu na tarde desta segunda-feira (05).
Enquanto isso, a população continua sofrendo com a falta d’água, em pleno calor e com a pandemia do novo coronavírus ainda ameaçando. Isso sem lembrar a questão das contas de água com cobrança abusiva e o laudo da Vigilância Sanitária, que apontou desvio de qualidade na água fornecida pelo SAAE.
