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Faltam médicos no atendimento público de saúde de São Carlos

01/03/2013 11h19 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Faltam médicos no atendimento público de saúde de São Carlos

O número de médicos no Brasil vem aumentando ao longo das últimas décadas, mas ainda é possível verificar as desigualdades regionais, com a concentração maior de profissionais em grandes centros e nas regiões mais ricas. Além disso, outro problema apontado é a baixa adesão ao trabalho na rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Para o secretário municipal de Saúde, Edilson Seraphim Abrantes, o que falta ao sistema público de saúde da cidade é um maior gerenciamento de profissionais com as demandas de atendimento.

Segundo ele, há profissionais pouco aproveitados nas unidades de saúde, como, por exemplo, os médicos que são contratados para realizar até 15 consultas por semana e fazem apenas 12 atendimentos semanais.

“A secretaria faz atualmente a avaliação para admitir médicos em razão daqueles que pediram demissão ou se desligaram das funções. Porém, após uma melhor gestão do quadro de profissionais, o déficit será muito menor”, comenta Abrantes.

Ainda de acordo com o secretário, novas contratações devem ser realizadas para suprir a falta de profissionais nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades Saúde da Família (USF), de candidatos aprovados em concursos públicos já realizados. Para o próximo mês já estão confirmadas oito contratações. Além de mais seis médicos que foram admitidos pelo Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).

Outro problema enfrentado para contratação de mais profissionais é a desproporção de salários em relação à carga horária e funções exercidas. Além disso, as condições de trabalho no sistema público também não são consideradas atraentes pelos profissionais.

A falta de profissionais de saúde é geral em UBSs, USFs, UPAs e hospitais para consultas e atendimentos de urgência e emergência.

Desde que a nova administração assumiu a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde vem realizando estudos e planos emergenciais para minimizar as falhas do sistema público de saúde e mapear estratégias para contratações e investimentos.

Para o secretário, os investimentos devem começar e vão se concentrar na saúde básica, oferecida nas UBS e USF do município, e considerada a base dos principais problemas. “Ao reforçar o bom atendimento nessas unidades, irá se melhorar a saúde da população que terá menos complicações que remetem a tratamentos mais complexos”, explica Abrantes.

 

MÉDICOS – Segundo registros dos Conselhos Regionais de Medicina (CRMs), o número de médicos no Brasil chegou a 388.015 em outubro de 2012, o que dá dois profissionais para cada mil brasileiros. Era 1,15 em 1980, 1,48 em 1990, 1,72 em 2000, e 1,91 em 2010. Nos serviços públicos, a razão é de 1,11 médico para cada mil habitantes.

Os dados foram divulgados no dia 18 de fevereiro através do estudo Demografia Médica no Brasil, do Conselho Federal de Medicina (CFM)  e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Ao todo, 55% dos médicos estão vinculados à rede pública, mas, segundo a pesquisa, esse contingente é insuficiente para atender as 150 milhões de pessoas que dependem exclusivamente do SUS.

Levando em conta apenas esses profissionais, há 1,11 médico para cada mil habitantes que dependem do SUS, bem abaixo da média nacional que também inclui os médicos que atendem pelo sistema privado.

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