Familiares e amigos de Marcus Honda Filho protestam no Fórum
Familiares e amigos de Marcus Pereira Honda Filho, assassinado a facadas na noite de 26 de junho de 2011, em São Carlos, se reuniram na frente do Fórum Civil na tarde desta quarta-feira, 26, para relembrar dois anos da morte do rapaz e a condenação do réu que se encontra em liberdade.
O crime aconteceu durante uma festa realizada em uma chácara localizada no Jardim Tangará, quando a vítima tinha apenas 18 anos. O acusado do homicídio Diego Rogério de Freitas Braz, conhecido como Punk, foi pronunciado pela 3ª Vara Criminal para que fosse julgado pelo Tribunal de Júri, na primeira audiência ocorrida no dia 28 de novembro de 2012. O réu deve ir a júri popular.
Atualmente o processo está em poder do Tribunal de Justiça de São Paulo, após o pedido de recurso pela defesa.
Durante o protesto, a mãe da vítima, Janaina Modenuti, de 41 anos, foi recebida pelo juiz da 1ª Vara Criminal, Antônio Benedito Morello, que tentou amenizar sua angústia, explicando o trâmite pelo qual o processo está passando. O juiz estima que o processo deve voltar do TJ em meados de agosto e no período de 30 a 90 dias o caso poderá julgado, senão ocorrer intervenções.
Mesmo com as explicações, Janaina não saiu do Fórum muito satisfeita em ainda ter esperar pelo julgamento. Muito emocionada a mãe clamou por justiça.
“Eu vim até aqui pedir que não se esqueçam do caso do meu filho e que não seja mais como outros que não são concluídos. Eu quero que tudo se resolva o mais rápido possível para tirar esse assassino das ruas”, ressalta.
Ela conta que nesses dois anos passou muitos dias de angústia e dor à espera de justiça e a condenação do acusado. “Esse tal de Punk não pode ficar solto pelas ruas vivendo como uma pessoa normal, ele cometeu um crime e tem que pagar por isso, precisa haver justiça e a condenação”, revolta-se.
Morello comenta que se o TJ mantiver a sentença de pronúncia irá devolver o processo; transitado e julgado, o pedido de pronuncia, isto é, determinado que o réu seja julgado pelo Tribunal do Júri, o processo será distribuído e julgado pela 1ª Vara Criminal, com expectativa disso até o final do ano.
Ele ainda diz que a demora do processo não está na apuração de provas contra o réu, mas sim no trâmite que cada caso pode ter durante o processo de apuração dos fatos e depoimento de testemunhas. “Cada caso é um caso, há processos que são julgados mais rápidos por causa da facilidade na apuração e contato com as testemunhas, outros já ocorrem ao contrário”, explica Morello.
