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Guindaste gigante chama atenção em obra ferroviária

Ferramenta de 80 metros de altura e com capacidade de erguer até 450 toneladas é utilizada em alargamento de canal

18/04/2024 21h51 - Atualizado há 2 semanas Publicado por: Redação
Guindaste gigante chama atenção em obra ferroviária Divulgação/Prefeitura Municipal

Obras devem ser concluídas em julho 

 

Há cerca de 3 meses quem passa pela região do Cristo Redentor, nas proximidades do Shopping Iguatemi, se surpreende com a presença de um enorme guindaste, de aproximadamente 80 metros de altura. A ferramenta está sendo usada para as obras da reconstrução da passagem da ferrovia sobre o Córrego Monjolinho para ampliar a vazão da água.

O guindaste pertence à empresa Mongel Guindastes e Transportes Especiais e sua locação foi feita pela construtora Tecnosonda que trabalha na obra na parte estrutural da obra. A ferramenta GMK 6300L tem capacidade para erguer até 450 toneladas e conta com um prolongador que a permite alcançar até 60 metros de raio. “Sua utilização é imprescindível devido à necessidade de elevar cargas a longas distâncias, especialmente em áreas de difícil acesso que estão próximas ao leito do Monjolinho”, afirma Mariana Marciano, analista de comunicação da Rumo.

A concessionária informa que durante as obras em São Carlos, um total de 130 profissionais já estiveram envolvidos, trabalhando em regime de revezamento de turno e também confirma que a conclusão das obras deverá ocorrer até julho deste ano.

ORDEM JUDICIAL

Por determinação da Justiça Federal de São Carlos, a Rumo Malha Paulista vem realizando as  obras desde o ano passado.  O Poder Judiciário entende que o estreitamento de galeria, bastante antiga, criava uma espécie de “gargalo” e seria uma das causas da baixa vazão de água no trecho, causando alagamentos em dias de chuva forte volumosa.

Na decisão, a Justiça determinou que a empresa apresentasse em 30 dias projeto para adequação e ampliação da vazão da travessia da linha férrea sobre o córrego Monjolinho, tomando por base projeto já desenvolvido pela Prefeitura de São Carlos.

Segundo o Ministério Público Federal, a concessionária chegou a reconhecer que a galeria não é suficiente para suportar o volume de chuvas, mas disse não haver obrigação contratual que a responsabilize pela obra. “Mesmo assim, a Rumo se recusou a chegar a um acordo, solicitando uma perícia e a elaboração de um novo projeto completo”, afirmou o MPF.

Há mais de 30 anos os moradores de São Carlos são afetados por enchentes que, inclusive já causaram dezenas de milhões de reais de prejuízo e pelo menos três mortes. Uma galeria antiga sob a linha férrea causaria a cheia na região da Rotatória do Cristo, região Oeste da cidade.

O Ministério Público Federal acompanha o caso desde 2017 e chegou a tentar acordo com a concessionária. Sem consenso, o órgão iniciou então uma ação civil pública em maio do ano passado.

A Rumo Malha Paulista tentou, sem sucesso, se isentar da responsabilidade, argumentando que “galeria que passa sob a linha férrea no município de São Carlos não é de sua responsabilidade nem tem qualquer relação direta com a operação ferroviária”. A empresa também justificou que “os problemas de alagamento na região são decorrentes do crescimento urbano, do adensamento populacional e a consequente impermeabilização do solo no município nos últimos anos”. Segundo a empresa, a estrutura existe desde a “inauguração do trecho, em 1884”.

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