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Incêndio destrói vegetação no Horto Florestal

Aproximadamente 30 pessoas trabalharam de forma incansável durante mais de 5 horas pois surgiram novos focos de incêndio

03/05/2024 08h01 - Atualizado há 3 semanas Publicado por: Redação
Incêndio destrói vegetação no Horto Florestal Fotos: Divulgação

Um incêndio em vegetação assustou os moradores de Itirapina na tarde de anteontem, quarta-feira, dia 1º de maio. As chamas atingiram uma área externa do presídio, uma área do horto florestal e três propriedades privadas da Zona Rural.

De acordo com a Defesa Civil de Itirapina, as primeiras informações indicam que o fogo foi criminoso, e todas essas áreas são próximas umas das outras. A Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros de Brotas (com o apoio de equipes das empresas: Zitral, Suzano, Usina Iracema e Horto Florestal de Itirapina) fizeram o combate ao incêndio.

Aproximadamente 30 pessoas trabalharam de forma incansável durante mais de cinco horas pois surgiram novos focos de incêndio em outras áreas.

A prefeita de Itirapina, Dona Graça Zucchi de Moraes, usou suas redes sociais para desabafar sobre a situação. “Infelizmente existe gente que não respeita nada! Não respeita a saúde das pessoas, não respeita o ar que respira, não respeita a vida.  Felizmente existe gente, e graças a Deus a maioria, que desfaz o mal feito.  Parabéns a nossa Defesa Civil, aos bombeiros e parceiros que ajudaram na dura tarefa de acabar com os incêndios. A prefeitura está atenta”, afirmou ela.

PROBLEMA RECORRENTE

As queimadas em florestas não são novidade em Itirapina.  Em agosto de 2021, um incêndio atingiu várias áreas e queimou mais de 800 hectares de vegetação e de eucaliptos, o equivalente a 800 campos de futebol. Segundo a Defesa Civil, a região mais afetada na época foi a do Passa Cinco. Bombeiros de Brotas e Rio Claro, além de uma empresa de Itirapina ajudaram a combater as chamas.

O fogo surgiu na noite de quarta-feira (15 de agosto) e foi controlado pelas equipes. Porém, na quinta (16), novos focos surgiram em dois pontos diferentes. O vento ajudou a espalhar o incêndio pelo local. As chamas também atingiram a região da Serra de Itaqueri e da Cachoeira do Saltão.

A Defesa Civil trabalhou muito para tentar combater as chamas, e foram utilizadas inclusive aeronaves para ajudar a sobrevoar a área incendiada e tentar apagar as chamas. Um ano depois, as florestas estão se recompondo, inclusive na Região do Broa.

A ambientalista Samarina Gomes Marino, que acompanhou os fatos, narra a situação vivida na época. “O inverno de 2021 para nós, itirapinenses, foi assustador! Vários dias escuros, com sol encoberto por espessas nuvens de fumaça. Noites e noites com aquela claridade alaranjada no horizonte, formada por chamas que cercavam nossa região. A tristeza e o medo tomaram conta dos corações de todos”, ressaltou ela.

Samarina, à época, teve uma visão “privilegiada” da situação. “De casa, por estar em um ponto mais alto, era possível ver focos dos incêndios em todas as direções e a quilômetros de distância. Me lembro bem o sufoco que passou a população de Ubá, um bairro rural bem próximo à cidade. No grupo de moradores e amigos do conjunto de chácaras e pequenos sítios recebíamos frequentemente vídeos das labaredas cercando as propriedades. Pessoas pedindo ajuda, descrevendo a situação de pavor, mostrando os estragos causados pelas queimadas. Foi aterrorizante”, destaca a ambientalista.

Ela acredita que o município inteiro sofreu muito, mas destacou o drama das regiões do Broa e de Ubá. “Todos sofremos, mas creio que foi pior para os moradores de Ubá e do Broa, que também relatavam labaredas enormes, flagravam animais fugindo para a água da represa e conseguiam mostrar de perto a situação das queimadas no entorno da Fazendinha, nossas Estações Ecológica e Experimental”, comenta.

A situação, segundo Samarina, foi dramática. “Ninguém estava preparado para tanto fogo. Nenhuma cidade da região, creio eu. Já vi muitas queimadas por aqui devido à prática ilegal utilizada de provocar um incêndio para limpar algum terreno. Muitos  perdem o controle do fog e acabam causando um incêndio nas matas do entorno, mas 2021 foi um ano atípico, com muitos focos ao mesmo tempo e, devido às condições do tempo, extremamente difíceis de  controlar”, narra ela.

Samarina comemora que mesmo a passos curtos, as matas vem se recuperando.  “Aceiros foram feitos, de forma preventiva, nas áreas da Fazendinha, antes do período de seca. Equipes de brigadistas estão de plantão abordando e orientando a população sobre o risco de fogueiras e lixo em regiões de mata, além de atuar no combate, claro.”

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