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Infarto em mulheres aumenta 34% em 4 anos

16/03/2013 14h23 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Infarto em mulheres aumenta 34% em 4 anos

A internação de mulheres por infarto nos hospitais públicos cresceu 34% nos últimos quatro anos em todo o estado de São Paulo. Segundo levantamento divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, 8.570 mulheres foram internadas no ano passado com a doença, enquanto em 2008 ocorreram 6.395 internações.

 

Em média, sete mulheres infartadas foram atendidas a cada hora em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2012. Do total de mulheres internadas, 66% tinham menos de 70 anos de idade.

No mesmo período, segundo a secretaria, cresceu também o número de mulheres vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame. Em 2012, 20.428 mulheres foram internadas por causa de AVC, enquanto em 2008 ocorreram 17.789 internações. O infarto mata seis vezes mais que o câncer de mama. É um problema grave e devemos estar atentos a ele

Para a secretaria, os principais fatores de risco para as mulheres são: a hipertensão, o colesterol alto, a diabetes, obesidade abdominal, o sedentarismo e tabagismo, em especial combinado com anticoncepcional.

De acordo com o professor do Departamento de Medicina, Sergio Luiz Brasileiro Lopes, a mulher é mais privilegiada do que o homem na probabilidade de sofrer infarto, pois o hormônio estrogênio é um grande aliado para proteção de doenças cardiovasculares ao aumentar o índice de HDL (High Density Lipoproteins), o colesterol bom, no organismo feminino. “Uma vez que o indivíduo possui níveis elevados deste tipo de colesterol, ele pode se tornar benéfico, reduzindo o risco de doenças do coração”, comenta o professor.

Na fase fértil, as probabilidades de uma mulher sofrer um infarto são mínimas. O único fator de risco que diminuiu a proteção natural do estrogênio é o uso contínuo de cigarro.

Após a menopausa, os riscos passam a ser iguais aos dos homens, sendo assim, os cuidados com a prevenção devem ser tomados.

Para prevenir o surgimento de doenças cardiovasculares, o recomendável é que tanto homens quanto mulheres façam exercícios físicos regularmente, consultem periodicamente um médico e um nutricionista, façam check-up anual e tenham uma alimentação equilibrada.

Na alimentação, a recomendação de nutricionistas é que as pessoas comam bastante vegetais e frutas, além de comer de três em três horas, pois assim o organismo não vai receber muita alimentação de uma vez só e depois ficar muito tempo sem comer nada.

Para quem costuma comer fora de casa, a nutricionista sugere que as pessoas tenham bom-senso e evitem os excessos. “Comer fora de casa tem um atrativo maior: em um self service, por exemplo, há uma oferta muito grande [de alimentos]. É preciso então ter bom-senso e saber equilibrar isso e não ficar pegando um pouquinho de cada coisa para colocar no prato”, alertou. Ela também orientou para que se evite ingerir alimentos industrializados e refrigerantes.

A sugestão é que metade do prato, dois quartos, seja composta por verduras e legumes variados, alimentos de cores diferentes. Na outra metade deve ser posto um quarto de alimento rico em proteína frango, peixe, ovos, com pouca gordura, que pode ser complementada com leguminosas – feijão, grão de bico, soja e lentilha – e mais um quarto com alimentos ricos em carboidratos – arroz, massas, batatas, mandioca, mandioquinha ou farinhas. Fazendo essa combinação, serão ingeridos todos os nutrientes, mas sem excessos e sem trazer prejuízos à saúde.

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