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Jamir Schiavone morre aos 77 anos

20/07/2012 12h52 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Jamir Schiavone morre aos 77 anos

Vítima de um aneurisma abdominal, morreu na noite de anteontem, 18 de julho, aos 77 anos, o professor, advogado, político e radialista Jamir Leôncio Schiavone. Ele completaria 78 anos no próximo dia 12 de setembro. Boa parte de sua história, que se confunde com a epopéia de São Carlos nas últimas cinco décadas, está no seu livro “Memórias de um Presidente”, lançado em setembro de 2010.

 

No primeiro mandato na presidência da Câmara, Jamir preocupou-se em ser presidente de fato e de direito; procurou melhorar as acomodações dos vereadores no histórico Edifício Euclides da Cunha, recuperou o primeiro pavimento que era ocupado pelo museu e conseguiu realizar uma reforma do prédio.

Criou polêmica quando colocou lâmpadas coloridas diante da amarela e vermelha para avisar o orador quando deveria concluir o discurso e quando o tempo regimental havia esgotado. “A imprensa numa brincadeira muito sadia resolveu publicar que o presidente estava adotando os cartões para punir vereadores com advertência e expulsão do plenário”, lembra.

O jornal Notícias Populares de São Paulo foi além tratando o assunto como o semáforo do plenário. Aldomiro Pedrino, repórter da Rádio Progresso, era também assíduo nas coberturas de eventos da Câmara. “Apesar de manter uma administração muito séria e responsável nunca me preocupei com brincadeiras da imprensa”, comenta no livro o ex-presidente.

Na obra, ele dedica um capítulo especial à lembrança de seu trabalho para a duplicação da rodovia Washington Luís, a SP-310. Jamir, como boa parte da população, entendia que a rodovia, pelo seu traçado natural, deveria ser uma via doméstica de São Carlos na zona norte da cidade, enquanto a Secretaria Estadual dos Transportes deveria dar continuidade a uma via que passaria pelo sul da cidade. O objetivo era que alem de fazer com que a cidade fosse projetada para aquele setor tivéssemos uma rodovia doméstica uma vez que vários bairros da cidade tinham ultrapassado os limites da rodovia.

Jamir se envolveu numa pendenga política ao declarar a extinção do mandato do prefeito em 1981 com base em condenação da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo pelo pagamento antecipado do asfaltamento de algumas ruas da cidade e também naquela época colocou a Câmara como mediadora do impasse criado pelo movimento “Pula Roleta” com o qual os estudantes protestavam contra o aumento da tarifa de ônibus.

A segunda gestão de Jamir na presidência da Câmara foi também marcada pela transmissão ao vivo das sessões plenárias, em pleno governo militar, e pela luta em favor da conquista da sede da região administrativa.

 

BOM COMBATE – “Ao terminar o meu mandato de vereador e presidente da Câmara em 31 de janeiro de 1983, confesso tenha saído com a impressão que combati o bom combate e na opinião de muitos munícipes e de meus pares consegui realizar um bom trabalho”, avalia ele em seu livro de memórias.

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FAMILIA NÉO
FAMILIA NÉO
11 anos atrás

O JAMIR VAI DEIXAR MUITA SAUDADES!!!

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