Juntos realiza primeiro encontro municipal
Na manhã deste sábado, 24, aconteceu na sede do Sindicato dos Trabalhadores de Empresa Ferroviária em São Carlos o 1º Encontro Municipal do Juntos, grupo fundado em 2011, em um congresso da União Nacional dos Estudantes: “O Juntos é um coletivo de juventude nacional, e temos um núcleo aqui na cidade”, explica Rodrigo Barreto, estudante de Física e um dos organizadores do evento: “Passado o período político eleitoral, diagnosticamos que não podemos parar. E a proposta do grupo é discutir vários temas: educação, transporte, crise urbana, violência, economia”, diz.
Embora fundado por um setor do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), a participação no grupo é livre: “Quem fundou o Juntos foi um setor do PSOL, A partir daí ele se expandiu para além do partido. Muito participantes não são filiados ao partido, inclusive queremos isso, não queremos que seja algo restrito”, diz Barreto.
Com atividades realizadas durante todo o dia, participaram cerca de 40 pessoas de várias cidades, como São Paulo, Campinas, Araraquara, Jaboticabal. O encontro contou também com representantes de outros grupos, como o da Rede Emancipa, o Paracatuzum e do moviemnto indígena da cidade. que conta com diverso cursinhos populares: “A rede Emancipa começou 2012 com 11 cursinhos, a maioria na grande São Paulo, e apresentar a proposta de construção de um cursinho aqui como uma possibilidade, uma necessidade na educação, é um dos objetivos dessa reunião”, explica Lucas Augusto dos Reis, que está no 4º ano de Engenharia Ambiental na USP: “A intenção é sairmos daqui com um grupo de trabalho que reúna pessoas interessadas em realizar o cursinho”.
E Reis explica a noção de coletivo: “Vivemos em um momento histórico em que as nossas chances de ser bem sucedido na vida passaram a ser estritamente individuais. O juntos trás a ideia de que para problemas coletivos, as ações, asa discussões, as formas de atuar precisam ser coletiva, para além do individual, não o substituindo, mas indo além. Precisamos discutir coletivamente nossos problemas. Acho que 1 + 1 é muito mais do que 2”.
O evento contou ainda com a palestra de Pedro Fuentes, um dos fundadores e membro da executiva do PSOL em nas palavras de Barreto, um patrimônio da esquerda mundial: “Vou falar da crise”, disse Fuentes antes da palestra: “Parece que o Brasil não vive a crise mundial, cujo centro são os países do mediterrâneo, mas ela vai chegar, pois há um esgotamento econômico, um esgotamento de novos recursos energéticos. Há uma decadência global do sistema, e há de construir novas alternativas”, explica.
