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Caso Noah Palermo: Júri absolve médico

Segundo informações, o Ministério Público avalia recorrer da decisão

04/06/2024 06h48 - Atualizado há 2 meses Publicado por: Redação
Caso Noah Palermo: Júri absolve médico

O julgamento do médico Luciano Barboza Sampaio, por júri popular, pela acusação de homicídio culposo de uma criança, em 2014, após cirurgia, terminou com sua absolvição nesta segunda-feira (3). O menino era filho de Marcos Palermo, ex-Secretário de Saúde de São Carlos. O júri absolveu o médico por quatro votos a três.

Após ouvir as testemunhas e os argumentos de acusação e defesa, os sete jurados, sendo quatro homens e três mulheres, decidiram pela absolvição. O médico havia sido absolvido sumariamente pelo juiz Eduardo Cebrian Araújo Reis, da 2ª Vara Criminal de São Carlos em 2018. Porém, a 8ª Câmara Criminal de São Paulo determinou que o processo fosse reiniciado do zero, com a realização de tribunal do júri, método de julgamento em que crimes contra a vida são submetidos.

Segundo informações, o Ministério Público avalia recorrer da decisão.

RELEMBRE O CASO-Segundo depoimento de Marcos Palermo, ex-Secretário de Saúde de São Carlos e pai do menino morto, seu filho de apenas cinco anos de idade teve piora acentuada de saúde logo após a cirurgia de apendicite realizada pelo médico na Santa Casa de São Carlos, apresentando fortes dores e vômitos.

Ainda de acordo com Palermo, a despeito disso, na manhã seguinte à cirurgia (às 09h00, aproximadamente), o médico examinou a criança com bastante pressa, receitou um remédio para gases (“Luftal”) e foi embora do hospital, indo até São Paulo assistir a um jogo de futebol, embora fosse plantonista de sobreaviso naquela data e não tivesse transferido seu plantão a outro médico.

Nos instantes seguintes, o estado clínico da criança se agravou e diversas ligações telefônicas foram feitas ao apelado, sem sucesso. Por volta do meio-dia, a equipe de enfermagem finalmente conseguiu contato com o médico e este, por telefone, receitou soro glicosado e vitaminas, os quais foram ministrados “em pinça aberta” (em alta vazão).

Depois de breves minutos da infusão, a criança sofreu uma parada cardiorrespiratória e foi levada imediatamente à Unidade de Terapia Intensiva (“UTI”) por um médico chamado Durval, encontrado por Palermo na entrada da Santa Casa. Feitas manobras de ressuscitação, a criança “voltou”, mas permaneceu em estado grave e veio a óbito no período noturno.

Consta de ofício recebido da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos que, “nas datas de 06 e 07 de junho de 2014, o plantonista de disponibilidade da cirurgia pediátrica era o profissional médico Dr. Luciano Barboza Sampaio.

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