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Lar Rosa de Sarom tem atividades comprometidas

06/09/2013 23h10 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Lar Rosa de Sarom tem atividades comprometidas

Ana Carolina frequenta o Lar Rosa de Sarom desde os nove anos. Hoje está com 14. Ano passado, a garota perdeu a mãe, vítima de câncer. Com os quatro irmãos, com idades que variam de 8 a 13 anos, a garota, diariamente, deixa a casa em que mora no Cidade Aracy e vai para o ‘segundo lar’, como denomina a instituição.

 

“Foi no Rosa de Sarom que aprendi a ter educação, a respeitar as pessoas, as diferenças. As professoras e os voluntários nos ensinam cidadania”, resume a jovem.

Sem o principal mantenedor, o Lar Rosa de Sarom deixou de atender 70% das crianças, que desenvolvem, diariamente, atividades musicais, culturais e de informática. “De 102 crianças, atendemos apenas 30”, diz o pastor Paulo Marcondes, um dos responsáveis pela instituição. Uma fabricante de bijuterias disponibilizava todos os meses R$ 25 mil, dinheiro suficiente para bancar o pagamento de professores, de funcionários e de encargos.

“O último repasse da empresa foi de R$ 10 mil em maio. Nós entendemos as dificuldades financeiras da empresa, mas precisamos adequar a nossa realidade à realidade financeira da instituição”, explica.

Com os cortes necessários, o Lar Rosa de Sarom evitou que a dívida atingisse os R$ 100 mil. “Estamos com uma dívida na casa dos R$ 30 mil. E não é maior porque cortamos os gastos e os atendimentos às crianças”, observa.

A despensa da entidade está repleta de alimentos em função de uma doação de 30 cestas básicas do Colégio Adventista. “Nós também recebemos verbas frutos dos convênios com a Prefeitura, que contribuíram para a manutenção do prédio. E aguardamos a disponibilização de recursos do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente para tocarmos o projeto”, explica o pastor.

O Lar Rosa de Sarom possui 12 pessoas entre funcionários e voluntários. Para o pastor Paulo, a grande preocupação da entidade é deixar de atender crianças e adolescentes. “Aqui temos um trabalho de resgate aos jovens, principalmente os carentes e vulneráveis à violência, às drogas. E lutamos para mantê-lo”, alerta o pastor, que tomou uma medida desde o começo de setembro. Está cobrando uma pequena mensalidade, que varia conforme a renda da família, para a manutenção do pagamento dos funcionários.

Segundo o pastor, o estatuto da entidade autoriza o atendimento de 1/3 dos alunos gratuitamente. “Mesmo com a medida, muitos pais não têm condições de contribuir”, relata.

 

Serviço

O Lar Rosa de Sarom está aberto para visitas da comunidade. “Agimos com muita transparência, a comunidade pode conhecer o nosso trabalho”, diz Marcondes. A entidade fica na Rua João Ramalho, 435, Jardim Centenário e o telefone para outras informações é: 3372 8586. O Lar atende em São Carlos há 32 anos.

 

 

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