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Mãe não recebe remédio caro pelo SUS

05/07/2013 22h31 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Mãe não recebe remédio caro pelo SUS

Uma mãe aflita procurou a reportagem do Jornal Primeira Página, na última quinta-feira, 4, para relatar o drama que está passando com sua filha de 15 anos, que sofre de dermatite, e necessita de um antibiótico e produtos dermatológicos especiais e caros para o tratamento da doença, porém não possui condições financeiras para comprá-los, já que o tratamento pode se prolongar por meses.

 

A dermatite é uma inflamação das camadas superficiais da pele, que se reflete em bolhas, vermelhidão, inflamação, escamação e coceira, entre outros sintomas. Existem muitos tipos de dermatite.

Após consultar a filha no Centro Municipal de Especialidades, no dia 19 de junho, o médico fez o receituário para o tratamento. Nilza passou em diversas farmácias fazendo a pesquisa de preço, como também na Farmácia Popular para verificar que alguns dos itens poderiam ser gratuitos.

Lá foi informada sobre a possibilidade de receber os remédios pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por meio da Prefeitura Municipal. Neste momento, Nilza foi até a Secretaria Municipal de Saúde em busca de ajuda. Chegando lá, foi informada que o município não podia fornecer os remédios, e passou diversos documentos para que Nilza voltasse ao médico que fez o receituário para preenchê-los remetendo a solicitação à Secretária Estadual de Saúde.

Desanimada com a burocracia, a mãe resolveu levar o caso a público em uma rádio da cidade, porém antes, recebeu uma ligação do Departamento de Gestão do Cuidado Ambulatorial dizendo que tinha ocorrido um equívoco no atendimento da Secretaria de Saúde e que ela poderia levar as receitas até o local, localizado na rua Nove de Julho, para fazer a solicitação.

Chegando ao Departamento, foi atendida por uma funcionária, que reteve as receitas e prometeu a Nilza que o remédio seria entregue em três dias. Segundo a mãe, o receituário foi entregue no dia 24 de junho, sendo assim, aguardava recebimento até o dia 27. Nilza lembrou a atendente que a receita do antibiótico tinha validade de 10 dias e vencia no dia 28 de junho.

Porém o prazo estipulado não foi cumprido e a receita perdeu a validade. Com o impasse, Nilza foi pegar a receita de volta para tentar resolver o problema de outra forma, porém o receituário só foi devolvido na última quinta-feira, 4, após quase duas semanas de espera pelo remédio.

 

 

Compra do remédio foi autorizada com data errada

Quando Nilza recuperou a receita, mais uma supressa e indignação, atrás do receituário há um carimbo e uma assinatura datada em 26 de junho de 2012, autorizando a compra do medicamento. “Primeiramente o absurdo do erro na data do ano passado e segundo, ainda que a data estivesse correta, se a compra foi autorizada no dia 26, porque ainda o remédio não havia sido comprado”, comenta a mãe.

Agora Nilza terá que novamente ir ao médico para saber a receita pode ser atualizada com outra data, ou terá que passar a filha em uma nova consulta, sendo que o caso se agravou durante o período sem medicação.

Nilza comenta que não quer mais o remédio pela Prefeitura, mas que irá entrar com uma ação na justiça pelo desencontro de informações, humilhação e desrespeito com o caso.

“Encontrei uma pessoa solidária que irá comprar os medicamentos para minha filha, para que ela não fique mais a espera de esmola da Prefeitura”, afirma Nilza.

 

Prefeitura – Durante toda a sexta-feira, 5, a reportagem aguardou um posicionamento da Prefeitura sobre o caso, sendo que até o fechamento da edição, nenhuma explicação foi dada parte da Assessoria de Imprensa ou Secretária Municipal de Saúde.

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mazakaa
mazakaa
10 anos atrás

Dr. Barbosa não dominou muito bem o fato
5 de Jul de 2013 | 11:17

O Ministro Joaquim Barbosa não pode ser crucificado antes que tenha o direito de explicar as informações – que explodiram na rede, mas não nos jornais impressos, hoje.
Sua Excelência talvez não tivesse o domínio do fato, ou das consequências do fato, de usar uma passagem paga com o dinheiro público para um final de semana no Rio. Talvez isso seja legal, afinal de contas.
Igualmente, o Dr. Barbosa pode não ter se dado conta de que assistir o jogo no camarote dos globais Luciano Huck e Angélica -será que era pessoal ou da emissora? – possa ser compreendido como uma intimidade pouco recomendável ao presidente de um Poder da República, ainda mais quando este dá lições – justas – de austeridade a torto e a direito.
O argumento de que seu filho é contratado de Huck é pequeno, perto disso. E aliás, o Dr. Barbosa é habitué do camarote, no qual já assistiu ao amistoso Brasil e Inglaterra, na reabertura do Maracanã, como você vê na foto do UOL.
Afinal, o Dr. Barbosa não é chegado a mordomias, com toda a razão, não é?
Sobretudo, talvez o Dr. Barbosa não tenha previsto que ele próprio pudesse ser vítima de uma acusação lançada assim ao país, como fato indominável, sem direito de uma explicação ou análise ponderada.
Ou que não creia na famosa cítara jurídica de que a honra é como um baú de penas que, aberto ao vento, não há como reparar.
Ou daquela outra, sobre a mulher de César.
Por: Fernando Brito

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