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Maio registra queda em contágio e mortes em São Carlos

Média diária de casos caiu de 3,4 para 2,7 de acordo com boletim da Prefeitura; média de mortes passou para 2; em abril era de 2,5

01/06/2021 05h44 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Maio registra queda em contágio e mortes em São Carlos Fotos: Divulgação

Com a taxa de ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) mantendo-se acima de 97% no decorrer do mês de maio, em virtude das internações pela Covid-19, São Carlos (SP) registrou paralelamente um decrescimento no contágio quando comparado a abril. A média diária de casos caiu de 3,4 para 2,7 de acordo com o boletim estatístico lançado na tarde desta segunda-feira, 31, pela Prefeitura.

A cidade contabilizou, até o momento, 19.620 casos positivos para Covid-19, dos quais 18.800 pessoas já se recuperaram da doença.

Outra notícia favorável neste momento de pandemia do novo coronavírus é a queda na média diária de mortes, que foi de 2,5 em abril e passou para 2 em maio. O número de mortes no mês foi de 62 pessoas em decorrência da Covid-19, contra 76 registrados no mês passado. Desde março de 2020 São Carlos já registrou 354 óbitos causados pela doença.

Em entrevista ao Primeira Página, o secretário de Saúde do município, Marcos Palermo, afirmou que não houve decréscimo na taxa de ocupação de leitos na cidade desde o início do ano. Porém ocorreu o bloqueio de quatro leitos de UTI na Santa Casa, em março, que se estende até o momento, diminuindo a oferta de vaga hospitalar. O hospital filantrópico alegou falta de profissionais assistenciais e de medicação para atender a demanda de internação.

“A oferta é menor que a demanda. São Carlos vive o mesmo problema nacional com falta de leitos de UTI. Nós não tivemos índices de ocupação de leitos menores de 98% em 2021”.

CONTÁGIO – O bairro Cidade Aracy se mantém líder no número de transmissão do novo coronavírus com o registro de 591 novos casos nos últimos 30 dias. Na sequência estão o Centro e o Santa Felícia com 168 e 144 pessoas contagiadas, respectivamente.

A faixa etária das pessoas que mais se contaminam na cidade é entre 18 e 30 anos. Dos 2.532 casos confirmados com a Covid-19, aproximadamente de 1.200 estão nesta faixa etária. As pessoas entre 30 e 50 anos estão na sequência com aproximadamente mil casos. (Veja gráfico 1).

A vacinação do grupo com mais de 60 anos já mostra resultado positivo com um baixíssimo contágio de pessoas com esta idade nos últimos 30 dias. O resultado do exame RT-PCR, que detecta Covid-19, identificou apenas 160 casos positivos. Já o teste feito na população ainda não vacinada identificou 1.964 pessoas contaminadas.

O EXEMPLO DE SERRANA

A vacinação em massa da população de Serrana com a Coronavac demonstrou que o imunizante é efetivo também para evitar hospitalizações e mortes entre idosos maiores de 70 anos. Dados preliminares foram apresentados nesta segunda-feira, 31, em coletiva de imprensa do Instituto Butantan

O município do interior paulista foi escolhido por pesquisadores para um estudo sobre os efeitos da vacinação em massa na população adulta. Ao todo, 27.160 mil habitantes acima de 18 anos receberam as duas doses da Coronavac em uma campanha finalizada em meados de abril.

De acordo com dados apresentados pelo diretor médico de pesquisa clínica do Butantan, Ricardo Palacios, o número de hospitalizações e mortes na faixa etária superior aos 70 anos foi reduzido a zero após a semana epidemiológica 14 (meio de abril), quando 95% dos adultos de Serrana já estavam vacinados. Foram registradas apenas uma morte e uma internação nessa faixa etária, mas entre indivíduos não imunizados. Antes da conclusão da vacinação de toda a cidade, o número de registros do tipo chegou a cinco por semana nesse grupo populacional.

Na coletiva, o Butantan reafirmou os dados divulgados no domingo de que a oferta de Coronavac à toda população adulta diminuiu em 95% a incidência de óbitos por covid-19 na cidade do interior paulista, contando população vacinada e não vacinada.

Os dados absolutos não foram detalhados, mas o Butantan explicou que eles serão publicados em artigo científico futuramente. Não é possível saber, portanto, quais foram os números exatos de infecções, hospitalizações e mortes em cada semana nem quantos idosos de mais de 70 anos foram vacinados e se a amostra tem a chamada significância estatística – quando ela é grande o suficiente para conclusões definitivas.

HOSPITAL DE CAMPANHA

Desde terça-feira, 25, a Prefeitura analisa a possibilidade de dar andamento ao projeto do hospital de campanha em São Carlos. “Pretendemos montar dez leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e dez leitos de enfermaria com suporte respiratório para liberar as UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) para o atendimento geral. Os equipamentos para os leitos de UTI nós já temos, falta o local e a avaliação financeira com os custos da infraestrutura, contratação de equipe e manutenção”, afirmou Palermo.

De acordo com o gestor em Saúde, Eduardo Pramparo, que em 2020 montou dois hospitais de campanha, em Marabá (PA), e em Guarulhos (SP), o propósito de uma unidade com este formato é montar uma estrutura de “guerra” transitória para atender uma situação temporária. “Muitas vezes estas estruturas são retaguardas para outros equipamentos como hospitais que não tem infraestrutura para aumentar o número de leitos. Dependendo da estrutura física implantada, o hospital pode suportar leitos provisórios de UTI”.

Pramparo explicou a tabela de remuneração diária de leitos estabelecida pelo Ministério da Saúde. Para o leito de enfermaria a diária estabelecida é de R$ 450,00; para UTI de R$ 2,6 mil e aproximadamente R$ 1,5 mil para leitos de Suporte Ventilatório Pulmonar (SVP).

Estes valores são repassados ao município pelo Ministério da Saúde mensalmente, de acordo com o relatório de ocupação de leitos fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde.

Em média, cada leito de UTI custa aproximadamente R$ 134 mil composto por ventilador pulmonar, monitor multiparâmetro, cama elétrica, bomba de infusão, régua de gases medicinais, suporte de soro, mês de refeição articulada, mesa de suporte em inox e reanimador manual de silicone.

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