O Domingo de Ramos e a Igreja Católica
Essas tradições são seculares e suas raízes encontram-se na Igreja primitiva e nos acontecimentos relatados na Bíblia
No próximo domingo, 24 de março, a Igreja Católica celebra o Domingo de Ramos. Ele marca o início da Semana Santa, a última semana de preparação antes da festa da Páscoa.
No rito romano, a celebração da Missa de Ramos tem tradições particulares que a tornam muito diferente de uma missa dominical comum.
Essas tradições são seculares e suas raízes encontram-se na Igreja primitiva e nos acontecimentos relatados na Bíblia.
O Domingo de Ramos têm como objetivo enriquecer a celebração da Paixão de Jesus, imergindo-nos nos acontecimentos de uma forma única para ajudar nossas almas a refletir sobre o mistério pascal.
OS RAMOS
Os Ramos significam a vitória, “Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas”. Eles nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja e defensores da fé católica.
A PROCISSÃO DE RAMOS
O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a Terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro.
O PREPARATIVO E A CELEBRAÇÃO
- A Santa missa de domingo de Ramos começa com uma procissão, com o objetivo de nos remeter a procissão de Jesus em Jerusalém.
- Os Ramos usados na procissão representam os galhos que as pessoas usaram na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém. “A multidão estendia os mantos pelo caminho, cortava ramos de árvores e espalhava-os pela estrada” (Mateus 21, 8).
- O Sacerdote usa vestes vermelha nessa celebração. O vermelho é a cor do sangue e simboliza o amor, o fogo, a paixão e o sangue do sacrifício. Essa cor é usada no Domingo de Ramos, na Sexta-feira Santa, em qualquer dia relacionado com a Paixão de Jesus, no Pentecostes e nas festas daqueles que morreram pela fé (mártires).
- As imagens dos Santos são cobertas, a Igreja Católica recomenda essa prática para aguçar nossos sentidos e construir dentro de nós um anseio pelo Domingo de Páscoa.
- A leitura do Evangelho é longa, na Igreja Primitiva todos os domingos tinha leituras longas. Os primeiros cristãos eram judeus e modelaram sua liturgia nos serviços da sinagoga, incluindo uma leitura contínua da Sagrada Escritura que era realizada de uma semana para outra.
- Os fiéis participam da leitura da Paixão. O Domingo de Ramos abre a Semana Santa com uma recitação solene da Paixão de Jesus, e normalmente cada pessoa tem um papel neste acontecimento. Quando celebrado em uma igreja, os paroquianos assumem o papel da multidão. Isso culmina com toda a assembleia dizendo: “Crucifica-o! Crucifica-o!” Neste caso, reconhecemos o papel que nossos pecados têm na crucificação de Jesus e como Jesus sofreu e morreu por nós.
Deus abençoe você!
Missão Consagra-te
Gisele Botêga
Historiadora e Bacharel em Direito com Especialização em Direito Canônico pela Faculdade de Direito Canônico São Paulo Apóstolo.