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Pacientes lamentam situação da saúde em São Carlos

25/01/2017 00h17 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Pacientes lamentam situação da saúde em São Carlos

Duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) fechadas e uma espera interminável. Esse é o resumo da saúde em São Carlos.

Na noite de terça-feira, 23, a UPA do Santa Felícia fechou por falta de médicos; ontem, 24, foi a vez da UPA do Cidade Aracy interromper o atendimento por falta de profissionais.

Com isso, a Unidade da Vila Prado entrou em colapso. Uma médica apenas prestava serviço. Na manhã de ontem, pacientes reclamavam de uma espera que passava de três horas. Alguns doentes e familiares desistiram da espera. Outros encaravam, como era o caso de Vagner Caldeira de Araújo. Com febre e diarreia, terça-feira foi o segundo dia que buscava por uma consulta. “Vim na segunda-feira, às 9h, e sai às 17h sem atendimento. Hoje [ontem] cheguei às 9h e a enfermeira disse que não tinha hora para o atendimento”, lamentou.

Orlaniro da Silva Neto sofreu uma contusão e esperava agilidade no atendimento. “Como vão atender rápido se existe apenas uma médica. Cheguei às 9h30 e não tem hora para sair”. Eram 11h30 e o paciente estava à espera de atendimento.

Zilda Jesus Silveira levou o filho, de 20 anos, para tratar de uma infecção de garganta. A indignação dela era maior porque mora no Romeu Tortorelli, a poucas quadras da UPA Santa Felícia. “Tenho uma UPA pertinho de casa e precisei atravessar a cidade”, desabafou.

João Carlos Muniz foi levar a esposa Marta à UPA, vítima de convulsão. Às 11h10, eles foram em direção à Santa Casa. “Aqui não dá para esperar. Vamos para a Santa Casa, pois disseram que o Hospital Universitário só vai atender crianças”.

Na UPA Aracy, os pacientes encontraram as portas fechadas, como é o caso de Fernando Coelho. “Vi umas 20 pessoas em busca de atendimento. Estou com o meu ácido úrico atacado e vou voltar para casa. Paciência”, comentou.

10 DIAS – O secretário de Saúde, Caco Colenci, não trouxe uma notícia animadora sobre a normalização do sistema em São Carlos. Ele estima ao menos 10 dias para que tudo entre nos trilhos.

Ele tornou a dizer que a Prefeitura chamou 45 médicos de uma lista de concurso público, mas apenas 17 demonstraram interesse. A Prefeitura teria que repor pelo menos 89 médicos para a rede de urgência e emergência, porém Colenci já adiantou que isso não será obtido rapidamente. O governo tenta remanejar médicos. “Talvez a fila demore mais, é um momento crítico da cidade, mas vamos superar, dentro do que pede a lei, nesse momento entre uma semana e dez dias estamos colocando um plano emergencial para não deixar a população desassistida, mas teremos uma situação muito crítica na rapidez do atendimento, vamos tentar atender o máximo possível no menor limite de tempo, mas teremos dificuldades”.

O ideal para a Prefeitura seria a reposição dos médicos, mas nesse momento é possível apenas adotar uma medida paliativa. “Não podemos deixar a população sofrer mais do que vem sofrendo”, afirmou.

Caco explicou que a rede básica continua atendendo, pois nas unidades básicas de saúde não têm médicos recebendo pelo chamado Recibo de Pagamento Autônomo (RPA). De acordo com Caco a administração anterior não seguiu a determinação do Tribunal de Contas do Estado.

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