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Para fazer o que gostam, elas correram para empreendedorismo caseiro

Conheça a história de três mulheres são-carlense que optaram em desenvolver dentro de casa a sua segunda profissão. como empreendedoras.

07/01/2021 08h54 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Para fazer o que gostam, elas correram para empreendedorismo caseiro Conheça a história de três mulheres são-carlense que optaram em desenvolver dentro de casa a sua segunda profissão

O que Priscila, Rosana e Márcia dividem em comum? O empreendedorismo caseiro. Essas mulheres de São Carlos optaram buscar no cotidiano de casa um espaço para desenvolver as suas habilidades profissionais. Uma na máquina de costura, outra na cozinha e mais outra no quintal.

Os motivos que levaram essas mulheres a buscar uma nova forma de produzir são bastante subjetivos. A esteticista Priscila Amaral de Souza Pereira, 36, disse que o trabalho no salão de beleza não dava lucro e os gastos eram maiores que a renda. O estopim para encontrar a nova rota aconteceu há dois anos. Ela encontrou na máquina de costura o refúgio de trabalho produzindo itens artesanais de casa e pessoais.

Priscila Amaral de Souza Pereira

A contadora Márcia Schichi, 55, viveu um drama pessoal ao se deparar um com câncer de mama há mais de três anos que a fez ganhar um novo norte. “Tive que fazer um tratamento que durou dois anos e nesse período eu fui buscar algo que me desse forças, ânimo e motivos para lutar”. Márcia encontrou inspiração na jardinagem com o plantio de cactos e suculentas.

A comerciante Rosana Maria Brenha, 48, se voltou para a cozinha no universo da gastronomia e confeitaria para não ter que sair de casa para trabalhar, após o nascimento do filho Pedro, já que precisava dedicar mais tempo a ele. “Há cinco anos, quando ele foi para a escola resolvi que era hora de voltar ao mercado. Foi então que me voltei para área de alimentação”.

A rotina dessas mulheres como empreendedoras caseiras passou a ter como ingrediente a felicidade de fazer o que gosta. “Sempre tive vontade de costurar, eu era fã de artesanato e vi ali uma oportunidade de ter uma renda extra com algo que me trouxesse alegria”, disse Priscila.

Márcia Schichi

Márcia começou a plantar cactos pequenos e gostava muito dessa inspiração que eles traziam. “Eu me sentia muito bem fazendo isso, as pessoas elogiavam muito. Daí fiz umas lembrancinhas de aniversário para filha de uma amiga, foi sucesso. Depois fiz um terrário para presente de casamento, foi outro sucesso. As pessoas começaram a querer esse tipo de produto, pois não tinha ninguém que fizesse em São Carlos”.

“O que me deu propósito foi o amor em criar e ver as pessoas se encantarem com o que eu produzia. Isso é impagável. Muita satisfação”, relata.

Rosana disse que a paixão pela gastronomia e confeitaria foi o que a moveu de volta à cozinha “Quando busquei pesquisar a área e vi a necessidade de me profissionalizar, fiz cursos online e presenciais, com vários chefs renomados no mercado”.

Rosana Maria Brenha

Mas além da alegria de fazer o que gosta é preciso técnica e conhecimento. “O mercado gastronômico exige que você esteja sempre se atualizando. Inclui-se nessa sacola a dificuldade de entrar no mercado, quando você não é da área, sem capital de giro e sem contatos que facilitem a sua vida profissional. Mas venci essas etapas”, diz Rosana.

Márcia explica que correu atrás de conhecimento em cultivo, cuidado para tratar cada tipo de cactos e suculentas. “Tenho estudado muito. Não é só plantar e pronto. Fui buscar cursos, workshop e participo de grupos orgânicos que dão muito incentivo e orientação para você alcançar resultados”.

Priscila disse que mal sabia colocar uma linha na agulha. “Mas meu sonho de um dia costurar algo, transformar um pedaço de tecido em alguma peça trouxe o desafio e a vontade de superar tudo”.

A costureira conta que se matriculou em um curso de costura criativa e lá encontrou oportunidade de aprender muitas coisas. “Meu primeiro sucesso foi um avental dupla face bordado, depois desse fiz muitos outros e ainda faço, de lá para cá só foi sucesso, graças a Deus”.

O empreendedorismo caseiro é uma renda que compensa

Mas o empreendedorismo caseiro precisa ter planejamento, estratégia de venda e visibilidade para gerar lucro. As redes sociais como Instagram e Facebook e canais de comunicação como o WhatsApp são as ferramentas  de divulgação.

“Foi no Instagram que fiz ótimos amigos e parcerias de troca de informações dos mesmos segmentos”, disse Márcia. Ela relata que foi uma das primeiras a publicar no Facebook o processo de plantio e cuidado. Mas relata que foi desgastante.

“Algumas pessoas acham que é só por a planta no vaso e fazer um monte igual e sai publicando para vender. E não é bem assim. Pois cada vaso que você cria é único e tem o trabalho da sua inspiração”.

Ela explica que teve convite para participar de feiras orgânicas e artesanais com os trabalhos que havia feito. ”Deu um frio na barriga de medo das pessoas não gostarem. Rompi essa barreira e fui. As pessoas amararam”. Hoje Márcia consegue uma renda que gira perto de R$ 2.500,00 ou até mais em épocas comemorativas.

Priscila disse que hoje sua renda com trabalho é muito maior do que ela esperava. “Sempre digo às pessoas que tudo feito com amor prospera, tendo foco e fé alcançará todos seus sonhos e objetivos, eu ainda estou correndo atrás dos meus”. Ela relata que sua renda gira entre R$ 2.500,00 a R$ 3.000,00 por mês dependendo das peças produzidas.

Rosana afirma usar as redes sociais e indicações dos clientes, contudo, ainda é a inquestionável comunicação “boca a boca” que rende mais dividendos. Ela prefere não falar a respeito de valores e rendas. “Os produtos têm valores variáveis. Trabalho com produtos artesanais, insumos de qualidade, sob encomenda e entrega. O que faz com que cada encomenda seja feita de acordo com a necessidade do cliente”.

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