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Peso e forma de carregar mochila exigem atenção, diz especialista

22/01/2013 10h16 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Peso e forma de carregar mochila exigem atenção, diz especialista

A proximidade do retorno das aulas coloca em evidência a vivência das crianças e adolescentes no ambiente escolar como, por exemplo, o transporte do material escolar. Segundo Tatiana de Oliveira Sato, professora do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar, não é apenas o peso da mochila que deve ser observado: a forma de carregá-la e de organizá-la também podem ajudar para evitar futuros problemas na coluna.  

“É importante distribuir a carga de forma simétrica entre os diferentes lados do corpo. É preferível, portanto, usar mochila de duas alças, pois ela distribui melhor o peso. Se tiver o peso mais distribuído de um lado do que do outro, e se a criança usar por muito tempo a mochila muito pesada, com o tempo a coluna dela vai formar uma curvatura, e mais para frente ela vai ter uma escoliose”.

Segundo Sato, o peso da mochila deve ser 10% do peso corpóreo da criança: “Na literatura não temos dados exatos sobre a carga que pode ser carregada. Mas uma recomendação geral, até conservadora, é 10% do peso da pessoa. Claro que isso para uma criança com o peso normal. Se pensarmos uma criança com sobrepeso ou obesa, se calcularmos os 10% o valor vai ser muito grande para ela. Essa seria uma recomendação para crianças eutróficas, dentro do peso. Com crianças obesas poderíamos fazer o cálculo, mas teríamos que reduzir um pouco. Quanto que é esse pouco? A gente não tem estudos que apontem isso”, explica.   

Questionada sobre o uso da mochila de rodinha, a professora explica: “Quanto à mochila de rodinhas… Não temos estudo sobre isso, mas ela é mais pesada do que a convencional, por causa da rodinha, da haste, o que faz com que a quantidade de material que a criança possa levar seja menor. Muitas vezes elas enchem a mochila, porque não precisa carregar, e sai empurrando, mas quando a criança tem que passar por algum obstáculo, uma calçada, uma escada, ela vai ter que carregar aquele peso a mais. Além disso eles vão puxando de um lado só, o que também é prejudicial”.

Outra elemento importante, diz a professora, é a forma de carregar a mochila: “Quanto mais baixa tiver maior a sobrecarga. Então a criança tem que ajustar as alças de forma que a parte inferior da mochila esteja na região lombar, no bumbum. Quanto mais baixa tiver, maior o torque. A carga gera um torque que joga a criança para trás e ela vai ter que fazer força para contrabalançar, então vai jogar os ombros para frente, a cabeça para frente”.

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