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Pesquisador da USP apresenta primeiro equipamento gerado pelo Citesc

16/05/2017 09h50 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Pesquisador da USP apresenta primeiro equipamento gerado pelo Citesc

O professor do Instituto de Física da USP, Vanderley Salvador Bagnato, apresentou, na tarde de ontem, no Centro de Fotônica, ao secretario municipal de Saúde, Caco Colenci, e à imprensa, o aparelho de SLT (Sistema a Laser Terapêutico). Este é primeiro resultado concreto do Centro de Inovação, Ciência e Tecnologia na Área de Saúde (Citesc), parceria entre Prefeitura de São Carlos, Governo Federal, empresas e instituições de pesquisa com o objetivo de gerar equipamentos inovadores para o segmento de saúde. 

“O papel do Citesc é o de desenvolver tecnologia nas áreas da saúde. Nós temos que ter equipamentos que permitam testar ideias novas na saúde, para que elas se transformem, uma vez provado o princípio, em equipamentos disponíveis para nossa sociedade e para o mundo”, afirma o cientista Bagnato.

Sobre o equipamento e suas aplicações, ele mostrou muito otimismo. “Este é o resultado que tínhamos desde o princípio em mente, que era o de criar uma plataforma multifuncional. Praticamente qualquer coisa que for estar usando laser, LEDs, utilizando florescência, seja para tratar ou detectar a doença, vai estar nesta plataforma. Então eu não vou ter que fazer um monte de protótipos para testar uma ideia. Eu texto uma ideia para depois convencer a indústria de que ela tem que levar aquela ideia adiante e transformar em produto”, ressalta. 

Bagnato comemorou os resultados da parceria. “Então era este o objetivo do Citesc, o de criar condições para dar elementos e novas ideias, provas de princípio para as indústrias brasileiras desenvolverem equipamentos na área médica. E nossa área é a óptica. Estamos entregando à Prefeitura este primeiro equipamento”. 

Segundo ele, o SLT será disponibilizado para quem for fazer provas de princípio ou pesquisas clínicas. “São Carlos é a cidade que mais desenvolve tecnologia para a área médica. Este equipamento vai servir para muitas pesquisas e para o próprio trabalho dos médicos. O equipamento é capaz de detectar vários tipos de câncer. “Daqui a pouco vamos poder eliminar vasos sanguíneos”, aposta Bagnato. 

O equipamento gerado pela empresa MMO custou R$ 230 mil aos cofres públicos enquanto um equipamento similar, importado, custaria mais de R$ 1 milhão. 

O secretário Caco Colenci destaca que a cidade está feliz em ajudar no progresso da ciência em parceria com a USP. “As teses estão saindo das prateleiras das academias para se transformar em benefícios para a população. A Prefeitura de São Carlos é parceira das universidades na busca de novas tecnologias”.

O prédio do Citesc está sendo instalado no complexo do Parque Eco-Tecnológico Damha, na rodovia engenheiro Thales de Lorena Peixoto (São Carlos/RibeirãoPreto). Com recursos de R$ 6,9 milhões – R$ 4,8 mi do Ministério da Ciência e Tecnologia, via Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para construção do prédio, e R$ 2,1 mi do Ministério da Saúde, para compra de equipamentos e materiais. A maior parte do prédio já está pronta e Caco ficou de ir até Brasília buscar os recursos que faltam para a conclusão da sede do projeto. 

O Centro vai manter equipe e estrutura para apoiar programas como indústrias médicas, farmacêuticas e de instrumentação, para produção de medicamentos e equipamentos tecnológicos de uso médico em larga escala. O Citesc também deve, simultaneamente, prestar serviços à comunidade por meio das tecnologias desenvolvidas, tendo como “vitrines” para os equipamentos o Hospital-Escola e a Santa Casa.

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