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Pesquisadores da USP desenvolvem novo concreto sustentável

20/10/2012 13h55 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Pesquisadores da USP desenvolvem novo concreto sustentável

Pesquisadores do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP de São Carlos desenvolveram um concreto sustentável. Que substitui os materiais tradicionais por materiais reaproveitados na indústria da construção civil. Além disso, sua produção tem baixo custo monetário e ambiental.

O produto trata-se de um concreto não-estrutural que pode ser usado como contrapiso, na construção de calçadas, guias, sarjetas e como bloquetes de pavimentação e bloco de vedação que permite fazer muros e paredes. Inicialmente, para mostrar à sociedade, os três pesquisadores, idealizadores do projeto, resolveram fabricar bloquetes de pavimentação.

De acordo com o pesquisador da USP e autor do projeto, Javier Mazariegos Pablos, “a relevância do produto é a economia do resíduo natural”. Na substituição de materiais como areia e pedra foi-se criando esse concreto. Substitui-se 70% da areia natural por areia de fundição e 100% da pedra por escória de aciaria. É dessa forma, que o concreto torna-se sustentável, substituindo areia por resíduo industrial. “Se no concreto eu utilizo resíduo industrial, eu deixo de explorar a areia, a brita e a pedra. Eu economizo recurso natural”, diz.

É importante ressaltar, que esse concreto não vai substituir o concreto tradicional, pois não tem estudos que, em longo prazo, comprovem sua segurança. “Até patenteie ele como concreto não estrutural, ou seja, não é para fazer viga e laje, não tem essa finalidade”, explica Pablos.

 

Baixo Custo – O valor desse novo concreto é baixo se comparado com o produto tradicional. Pois, a composição dos materiais de brita e areia encarecem. Quanto ao novo concreto, materiais como a escória, por exemplo, custa R$1,00 a tonelada na fábrica, dessa maneira, o gasto seria apenas com o transporte e a moagem do material.

Além do custo, há benefícios, pois o material é inerte, ou seja, o material pode ser jogado em um aterro de entulho e ser reciclado.

Pablos ressalta que estão aguardando indústrias que se interessem em adotar essa tecnologia em seus produtos ou nas suas obras para fazer contra piso ou na fabricação de blocos de pavimentação.

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