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Plástica exige cuidados como uma cirurgia comum

27/02/2013 11h19 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Plástica exige cuidados como uma cirurgia comum

 

Mulheres que buscam um corpo perfeito normalmente o querem de forma rápida e fácil. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e outras entidades, aponta que em quatro anos o número de cirurgias plásticas no Brasil quase dobrou: passou de 629.287, em 2008, para 905.124, em 2011 – um aumento de 43,9%.

 

 

Mesmo com esses números, muitas vezes as cirurgias são feitas sem necessidade e ainda oferecem os mesmos riscos que um procedimento cirúrgico normal.

 

Em janeiro, a manicure de Descalvado, Nayara Patracão, sofreu parada cardiorrespiratória durante uma cirurgia de lipoaspiração seguida de abdominoplastia. Ela ficou um mês em coma na Casa de Saúde e não resistiu, após ter outra parada cardiorrespiratória.

 

A cirurgiã plástica Gabriela Schwartzmann explica que a cirurgia plástica exige cuidados e eles devem ser cautelosamente tomados. “É claro que nenhum procedimento cirúrgico está isento de riscos, mas eles podem ser minimizados por uma avaliação clínica pré-operatória. O resultado final de uma cirurgia plástica é uma somatória de fatores: pré-operatório adequado, escolha do hospital certo, ato cirúrgico minucioso, anestesia adequada, cuidados pós-operatórios feitos corretamente e também fatores individuais do paciente”, afirma.

 

Segundo a médica, o sucesso de um procedimento cirúrgico como este não depende apenas do médico, mas também da consciência do próprio paciente, que muitas vezes busca a perfeição e explora seus limites. “Com certeza a cirurgia plástica que fazemos hoje é muito mais avançada do que tínhamos há 20 ou 40 anos. Hoje conseguimos resultados melhores e mais naturais. Junto a esse progresso, cresceu também a busca pelo corpo e face perfeitos. No entanto, há situações em que a busca pela perfeição extrapola os limites do bom senso, ou pacientes nos buscam com expectativas irreais. Essa é a hora de dizer não ao paciente”.

 

Gabriela alerta que a escolha do médico também deve ser prudente. Ela dá algumas recomendações: “Em primeiro lugar, checar se o médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Para fazer parte deste grupo os médicos passaram por 11 anos de formação e foram aprovados em um rigoroso exame de provas escritas e práticas. Além disso, é importante buscar informações sobre o seu médico. Há várias formas: cheque seu currículo, trabalhos científicos, se ele continua se atualizando, se seus pacientes estão satisfeitos. A chance de errar é muito menor”.

 

A recuperação de uma cirurgia plástica também exige cuidados, a médica afirma que o período pós-operatório é tão importante quanto o pré-operatório. “Uma cirurgia bem realizada pode ter seu resultado comprometido se não houver cuidados adequados após o procedimento, como repouso da área operada, uso de malhas elásticas, medidas antitrombóticas, curativos, drenagens linfáticas, etc. O pós-operatório depende muito mais do paciente do que do cirurgião”, finaliza a especialista.

 

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