População desconhece greve da Medicina
A greve a as manifestações dos alunos do curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) são, aparentemente, desconhecidas da maior parte da população de São Carlos. A reportagem entrevistou 22 pessoas, 15 na região central e 7 na região da praça XV de Novembro; e 16 delas não haviam sequer ouvido a respeito do fato, que já se desenrola há 27 dias.
A reportagem ouviu pessoas entre 15 e 66 anos. Eram aposentados, comerciantes, estudantes, desempregados, uma consultora, um biomédico e um enfermeiro.
Tatiane Gomes, desempregada, de 26 anos, disse: “Ouvi falar, sim. Eles estão atrás de lugar para fazer estágio, não é?”. Questionada sobre o que pensava a respeito, disse: “Eu acho que eles estão certos, afinal de contas demorou tanto para fazer o curso, foram tantas promessas…”.
Júlia, atendente de um comércio no Centro, disse: “Vi algo a respeito, mas não sei muito bem o que é, não”.
O enfermeiro Marcelino, afirmou: “Olha, embora eu trabalhe na área da saúde, não estou sabendo do que está acontecendo, não”.
Elis, comerciante de 20 anos, respondeu: “Nossa, nem fazia ideia”.
Roberta, outra comerciante, de 45 anos, afirmou: “Eu ouvi algo porque minha filha é universitária e às vezes ela comenta, mas não sei muito do que se trata”.
GREVE
Próxima de completar 30 dias, a greve de estudantes de Medicina da UFSCar não tem previsão para acabar. Segundo Davi Gomes dos Anjos, porta-voz do movimento grevista, protestos serão encerrados somente quando todas as reivindicações forem aceitas. Segundo o movimento, a greve tem recebido apoio de estudantes de diversos cursos da cidade, bem como de universidades de outros lugares do Brasil.
São Carlos tem mais de 220 mil habitantes. 22 pessoas (0,1%) nem de longe representam a realidade do conhecimento da população sobre a greve.