Primeira-dama convida mulheres de São Carlos para uma reflexão
“Muitas conquistas foram feitas. No entanto, há um longo caminho a percorrer contra o preconceito e a desigualdade, para que a mulher seja, de fato, valorizada”. Assim começa a conversa com a médica pediatra, primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Carlos, Rosária Mazzini.
No Dia Internacional da Mulher, Rosária convida as mulheres de São Carlos para uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade. “Para mim, a data de 8 de março deve ser aproveitada para discutir os avanços e recuos que ocorrem em relação aos direitos das mulheres. Não concordo em comemorar apenas com flores e presentes. Devemos promover a conscientização e pensar na cidade que queremos construir para nós”.
Nascida em São Carlos, Rosária conta que foi criada pela avó materna, pois sua mãe sempre trabalhou fora, como professora nas escolas rurais do município. Desde cedo, foi estimulada a estudar muito. Escolheu a medicina “eu tinha muita curiosidade em desvendar os mistérios do corpo humano”. Fez graduação e residência na Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto.
Mesmo com agenda bastante apertada, Rosária aceitou o convite do esposo e prefeito Airton Garcia para assumir o Fundo Social de Solidariedade. Ela diz que não gosta de ser chamada de primeira-dama e sim pelo nome. “Não gosto do termo primeira-dama. Sou mulher do prefeito. Acredito na sensibilidade feminina para auxiliar e fazer a diferença em várias circunstâncias”.
No Fundo Social, Rosária trabalha para o empoderamento das mulheres por meio da capacitação profissional. Vários cursos serão promovidos ao longo do ano visando autonomia financeira das mulheres. O objetivo do Fundo Social de Solidariedade é, através do trabalho, fazer as mulheres progredirem, terem seu próprio negócio, ou, buscarem uma melhor colocação no mercado de trabalho.
Doze mulheres estão participando do curso de manicure e pedicure, no Centro da Juventude Elaine Viviani. No dia 20 de março, terá início o curso de corte e costura. E o próximo será de panificação.
“O crescimento da presença da mulher no mercado de trabalho foi determinante para sua autonomia econômica. Porém, é necessário termos ainda mais políticas que estimulem a permanência no mercado de trabalho e que permitam avanços em setores mais qualificados, considerados não femininos”.
