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Professores da rede estadual entram em greve por aumento de salário

20/04/2013 12h19 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Professores da rede estadual entram em greve por aumento de salário

Professores da rede estadual de ensino estão em greve desde sexta-feira, 19, após uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do estado de São Paulo (Apeoesp) em São Paulo. No evento estiveram cerca de 30 professores de São Carlos que se dividiram em duas caravanas.

 

Nesta assembleia ficou decidida a paralisação por tempo indeterminado até um acordo satisfatório a toda a classe, além de uma nova reunião com os professores no próximo dia 26 para um balanço do movimento e a adesão da categoria.

Até a próxima assembleia, a Comissão de Greve da Apeoesp espera já obter uma posição do governo perante a greve e canal aberto para as negociações.

A paralisação das atividades escolares se deve pela reivindicação de um aumento salarial contra as perdas acumuladas ao longo dos anos. A categoria pede reajuste de 36,74% em relação às perdas salariais desde 1998 até fevereiro de 2013.

Para o conselheiro da subsede da Apeoesp em São Carlos, Ronaldo Mota, a paralisação na cidade deve ser gradual com adesão de pequenos grupos de professores em cada escola do Estado.

“No momento, não é possível mensurar como será a adesão dos professores na cidade, porém já temos conhecimento de pequenos grupos prontos para paralisar; os demais irão aderir ao tempo em que a luta se tornar mais forte”, afirma o conselheiro.

Mota também ressalta que os professores em estágio probatório e os da Categoria “O”, contratados temporários pela Lei 1093/09, têm o direito de aderir à greve e, a exemplo dos demais, não podem ser penalizados por conta da paralisação das atividades.

As faltas deste período de paralisação serão discutidas coletivamente no mo­mento em que houver negociação com o Governo do Estado.

“Os professores que se sentirem ameaçados ou constrangidos a não aderirem ao movimento grevista po­derão protocolar requerimento junto à Unidade Escolar, a fim de comunicar as ausências do trabalho em razão da greve, requerendo que respeitado o exercício desse direito constitucional”, explica Mota.

Na última quarta-feira, 17, a Secretaria Estadual de Educação se reuniu com a categoria e ofertou um aumento salarial de 2%, para repor a perda inflacionária deste ano.

Porém a Apeoesp cobrou a constituição da comissão paritária para discussão do reajuste salarial de 36,74%, conforme determina a lei complementar 1143/11; e a recomposição do reajuste previsto para 2012 (10,2%), do qual apenas uma parte foi efetiva­mente pago. Além disso, pede a implementação da jornada do piso; solução para a situação precária da chamada categoria “O”, no que diz respeito à forma de contratação, direi­tos e condições de trabalho; também reivindica o fim da remoção ex-officio nas escolas de tempo integral e o pagamento da Gratificação de Dedicação Plena e Integral (GPDI) a todos os professores que optarem pela jornada integral.

Até o momento, o governo não respondeu a nenhuma reivindicação.

Mota diz que o movimento será firmado nas reivindicações, mas aberto ao diálogo com o governo para que um acordo seja feito o mais breve possível sem prejudicar as aulas e o rendimento escolar dos alunos.

 

Os professores paulistas entram em greve por:

– Reposição salarial de 36,74% e complementação do reajuste refe­rente a 2012;

– Pelo cumprimento da lei do piso: no mínimo 33% da jornada de tra­balho para atividades de formação e preparação de aulas;

– Dignidade na contratação, condi­ções de trabalho e atendimento no IAMSPE para os professores da categoria O;

– Fim da remoção ex-officio e da de­signação de professores das Escolas de Tempo Integral;

 – Regime de dedicação exclusiva para todos, por opção de cada professor(a);

– Melhores condições de trabalho e políticas de prevenção do adoeci­mento dos professores;

 – Fim da lei das faltas médicas;

 – Fim dos descontos de faltas e licen­ças médicas para efeito de aposen­tadoria especial;

 – Fim das provinhas e avaliações ex­cludentes;

 – Por um plano de carreira que atenda às necessidades do magistério.

 – Não à privatização do Hospital do Servidor Público Estadual e do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE).

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