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Professores da UFSCar entrarão em greve a partir de segunda-feira (06)

A deliberação contou com 372 votos, sendo 216 votos favoráveis à greve, 147 votos contrários e 9 abstenções

30/04/2024 13h54 - Atualizado há 3 semanas Publicado por: Redação
Professores da UFSCar entrarão em greve a partir de segunda-feira (06) Acervo CCS/UFSCar

Na tarde de segunda-feira, 29 de abril, as/os docentes da UFSCar deliberaram pela adesão à greve nacional das/dos servidores da educação federal em uma assembleia presencial que reuniu 405 professoras/es nos quatro campi da Universidade.

A proposta aprovada, encaminhada pela Diretoria da ADUFSCar, prevê a adesão à greve a partir da próxima segunda-feira, 6 de maio. Durante o debate, foram realizadas intervenções de professores nos quatro campi. A deliberação contou com 372 votos, sendo 216 votos favoráveis à greve, 147 votos contrários e 9 abstenções.

Negociação e Mobilização
A assembleia foi iniciada pouco depois das 17h30, com um breve histórico das negociações junto ao Governo Federal e a atualização do cenário da mobilização da categoria docente. De acordo com a profa. Fernanda Castelano Rodrigues, presidenta da ADUFSCar, desde 2016 as mesas de negociação nacional foram interrompidas, tendo sido retomadas somente agora, com o governo Lula da Silva (PT). “Reivindicamos a recomposição salarial e o governo nos impôs o reajuste de 9% no ano passado, com alguns reajustes em benefícios. Desde então, as entidades representativas têm apresentado propostas de recomposição que não estão sendo consideradas. O governo atualmente insiste em 0% para 2024. Em dezembro de 2023, a proposta limitava o reajuste a apenas 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026”.

A contraproposta das entidades, desde fevereiro deste ano, é um valor próximo a 21% de reajuste, distribuído ao longo de três anos. “O governo continuou intransigente com o 0% em 2024, mas diante da pressão do movimento grevista iniciado pelos TAEs em março, no último dia 19 de abril, a proposta passou a 9% a partir de janeiro de 2025 e 3,5% em 2026. Essa proposta chega a uma recomposição de 12,5%, longe dos cerca de 21% que estamos pleiteando, e com nenhum reajuste para este ano”, disse a presidenta da entidade.

Um dos docentes do campus São Carlos comentou a presença massiva da categoria nessa Assembleia, pois estiveram no Anfiteatro Bento Prado 255 professoras/es: “Isso dá legitimidade à nossa decisão, e o que precisamos, em decisões sérias como essa, é justamente isso”. Outro docente, do mesmo campus, afirmou: “Havia uma preocupação de parte das/dos colegas, na semana passada, de que haveria um esvaziamento em nossa assembleia. Vimos que isso não se realizou. Aqui, temos um auditório cheio, o que mostra que a categoria quer discutir sobre o tema. Lá fora estão as/os estudantes, que também estão mobilizados para discutir as pautas da categoria. Os IFs e outras universidades estão em greve, e eu acho que seria muito estranho estarmos em uma universidade em que estudantes e TAEs discutem e paralisam seus trabalhos e nós, docentes, não. Precisamos ocupar a universidade e discutir a sua relevância, fazendo circular aquilo que se produz aqui”. Outro docente, do campus Lagoa do Sino, acrescentou: “Só de termos nossa categoria reunida para discutir as nossas pautas, já temos uma expressão da nossa mobilização”.

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