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Rede de assistência a adolescentes está fragmentada, diz promotor

24/09/2013 22h06 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Rede de assistência a adolescentes está fragmentada, diz promotor

O promotor público da infância e juventude, Mário Correa de Paula, e a conselheira tutelar, Marisa Demarzo, questionam a atuação da rede de assistência e proteção à criança e ao adolescente da cidade, apontando a desarticulação das várias esferas como um problema a ser debatido.

 

“Temos um problema quanto à rede. Teoricamente ela é composta de órgãos da saúde, da educação, da sociedade civil, da prefeitura, do ministério público, do judiciário, da defensoria. Infelizmente vemos que vários órgãos tendem a remar contra outros e com isso a rede não se articula. Um dos exemplos é o próprio NAI”, afirma o promotor.

Segundo ele, o Núcleo de Atendimento Integrado (NAI) da cidade, hoje, está esvaziado: “Hoje, o único órgão que está dentro do NAI é a prefeitura, a promoção social, mantendo plantão de psicólogo e assistente social”, afirma.

“Acho que é importante avançar no debate e questionar sobre a grande incidência de casos com adolescentes; casos que acabam se complicando”, diz a conselheira tutelar Marisa Demarzo: “De que forma a rede está atuando? De maneira articulada? Esses casos que se complicam têm a ver com essa dificuldade? E o acompanhamento? É eficiente ou não?”, questiona.

Segundo ela, existe uma fragilidade na rede: “É preciso que haja um projeto. Qual é o projeto de sociedade da gestão municipal? É importante que tenha seu projeto e a partir disso se estabeleça quais são as políticas públicas que os órgãos vão gerir. Hoje eu vejo que a rede, que envolve educação, cidadania, saúde, não está articulada, não existe uma ação conjunta”, diz.  

“A infância e juventude é sempre um problema conjunto. Temos que unir a rede.”, defende o promotor.

A secretária de cidadania e assistência social, Wiviane Spaziani Tiberti, concorda: “O NAI é feito de parcerias, e em fevereiro convoquei uma reunião para entender o trabalho que cada parceiro desenvolvia”.

Ela afirma que a rede está articulada, mas que o NAI, após a vinda da Fundação Casa em 2010, perdeu a sua identidade, e tem-se trabalhado para reestruturar o serviço:

“Em junho fizemos uma grande reunião para discutir a mudança total do NAI. Nela foi organizada uma comissão que já se reuniu duas vezes aqui na secretaria, e surgiram sub-comissões temáticas”.

Segundo a secretária, no próximo dia 30 será realizada uma reunião com todos envolvidos para a consolidação do protocolo de atuação do Núcleo: “A intenção é ver quem vai e quem pode realmente se comprometer a assumir um papel no NAI”, explica.  

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