Renato Mecca mantém quatro estável, diz boletim médico
Equipe Médica do Centro de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto afirmou no primeiro boletim médico divulgado na tarde de ontem que o paciente Renato Cordeiro Meca está acordado, interagindo com as equipes médicas e de enfermagem; não apresentou febre e se mantém recebendo o esquema de antibióticos que já havia sido iniciado para tratamento de Pneumonia.
No texto, os médicos ainda relatam o cansaço em decorrência da viagem de 31 horas. O professor de educação física de São Carlos veio transferido para o Brasil depois de sofrer um acidente de moto na Indonésia ainda depende do respirador para manter seu diafragma ativo.
“O paciente necessita de manter o sono reparador; passa parte do tempo acordado; assiste à TV e alimenta-se por sonda e por via oral. Ainda respira com auxílio de aparelhos e a perspectivas nos próximos é a redução da dependência do respirador”, relatou o boletim médico.
Mecca chegou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na capital paulista por volta das 15h e voou para Ribeirão Preto onde desembarcou perto das 18h de quinta-feira, no Aeroporto Leite Lopes.
Segundo a mãe, Maria Beatriz Cordeiro Mecca foi montado o equipamento em um voo comercial e monitorado por quatro médicos e dois enfermeiros. “Toda a família ficou muito emocionada ao vê-lo aqui perto de nós. Estávamos falando pela interne nesse período, mas nada supera o contato físico. Pude falar com pertinho que ele ira superar esse momento mais crítico”, relatou.
A mãe ainda disse que Mecca está sonolento e não pode falar por conta dos aparelhos ligados ao corpo, mas que sinalizou que vai batalhar para se recuperar rápido.
Maria Beatriz disse que a preocupação do filho nesse momento é raspar o cabelo da cabeça. “Tem 14 anos que ele adotou o estilo careca e com o acidente acabou não raspando os cabelos. Ele já avisou aos médicos que quer manter o seu estilo careca”, disse.
RELEMBRE O CASO
No dia 24 de janeiro, o professor de educação física sofreu um acidente de moto cujas lesões provocaram paralisia do pescoço para baixo, o que o obriga a respirar com ajuda de aparelhos. Parte dos custos da viagem foi paga pelo Itamaraty (de R$ 119 mil) e o restante (R$ R$ 270 mil) será pago pela família que começou uma campanha no dia 17 de fevereiro para arrecadar fundos; campanha que se desdobrou em ações em Araraquara e Bauru (cidade onde Mecca estudou).
O são-carlense, que trabalha na Indonésia há 6 anos, bateu de frente com um caminhão, tendo fraturado duas vértebras (C3 e C4). Uma cirurgia foi realizada para a reconstrução das vértebras quebradas e, segundo o médico, houve uma lesão medular.
