Reunião com os “sem teto” acaba em confusão no Paço Municipal
Uma grande confusão foi registrada no final da tarde desta sexta-feira, 28, no interior e fora do Paço Municipal da Prefeitura de São Carlos. Cerca de 200 famílias dos “sem teto” alegam que foram ao local para uma reunião, porém foram mal recebidos pela Guarda Municipal.
“Foi marcada a reunião com o advogado José Mauricio às 17h , porém fui agredido pelo Comandante da Guarda MUnicipal e assim começou a confusão. Não viemos para brigar apenas para resolver o problema”, disse o filho do vereador Paraná, Dhony Oliveira.
O comandante da Guarda Municipal nos agrediu. Eu estava com minha filha de 10 dias no colo, e o comandante quase fechou a porta na cabeça dela”, disse a dona de casa Ângela Rodrigues.
Em contrapartida, o comandante da GM Major Jorge Luís Negreto negou as acusações “Eu apenas fechei a porta para pudesse evitar um tumulto e uma baderna maior. Não agredi ninguém”.
Durante a movimentação, o Secretario Municipal do Governo Julio Soldado chegou a discutir calorosamente com o filho do vereador Paraná que comandava a manifestação. “As famílias foram manipuladas por você para virem aqui. Estamos saturados em saber que você faz armação, não vamos levar isso em consideração, temos testemunhas que nada disso ocorreu aqui”, disse Soldado.
Ainda segundo o secretário, a prefeitura atendeu as solicitações desses moradores. “Na quinta-feira mandamos uma assistente social para fazer o cadastramento dessas famílias, agora é necessário paciência, não bagunça”.
Julio soldado ainda ressaltou que a prefeitura realizou o cadastramento de 197 famílias e que na próxima semana irá realizar uma triagem para ver a real necessidade dessas pessoas. “Aqui é mais um ato político e social, pois atendemos a solicitação dos moradores”.
A confusão foi tanta que a prefeitura precisou acionar o reforço da Policia Militar, pois muitas famílias ficaram do lado de fora e ameaçavam entrar a qualquer momento dentro do paço. Mesma com a confusão, o secretário de governo disse que não ia atender as famílias, pois o acordo já havia sido feito durante a semana.
“Queremos uma moradia, não queremos a casa de graça, nos podemos pagar um aluguel de uma casa popular. Na hora de pedir voto, o prefeito Paulo Altomani deu beijos e abraços, fez várias promessas, mas nem apareceu aqui para atender nossa gente”, disse Priscila Pereira Moreira.
O prefeito Paulo Altomani não apareceu para conversar com as famílias. Por causa do tumulto, a rua Episcopal foi interditada pela Policia Militar. Antes disso, os “sem teto” chegaram a paralisar o trânsito.e causar tumulto em frente a prefeitura.
